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Psicologia ao seu alcance. A Dieta Prometida

Em ambos os casos em que a pessoa decide eliminar o sobrepeso, seja a busca por saúde ou por beleza, o mais comum é prometer que fará uma dieta e alcançará seu objetivo

Flávio Melo Ribeiro

02 de Dezembro de 2015 - 16:15

Os últimos anos foram marcados pela preocupação com a saúde do corpo. Para tanto, aumentou a oferta de alimentos naturais e funcionais, foram criados diversos programas de atividades físicas, surgiu uma variedade de dietas. As indústrias de cosméticos e moda criaram produtos voltados à saúde do corpo, mas também ditam um padrão de beleza que contrasta com o sobrepeso do corpo tão comum atualmente.

A racionalidade de um corpo “belo, magro e saudável” leva muitas pessoas à insatisfação com seu próprio corpo e gera ansiedade em busca de um julgamento positivo por parte das outras pessoas. Por mais campanhas que apontam que a pessoa deve sentir-se bem com o corpo que tem, a frustação de não ter um corpo dentro dos padrões ditados pela mídia faz optar por dietas que, em sua maioria, não são levadas ao fim. Mesmo as pessoas que precisam fazer um controle alimentar por algum problema de saúde burlam a dieta. Mas por que a promessa de emagrecer perde rapidamente seu poder de convencimento?

Em ambos os casos em que a pessoa decide eliminar o sobrepeso, seja a busca por saúde ou por beleza, o mais comum é prometer que fará uma dieta e alcançará seu objetivo. Para isso, define uma data (a mais comum é a segunda-feira seguinte) para começar, uma meta (emagrecer tantos quilos em determinado número de semanas) e define determinadas atividades que nunca ou pouco fez na sua vida para começar a realizar. Por fim, promete que não comerá o que considera inadequado.

Na segunda-feira, a pessoa que livre e sinceramente decidiu não mais comer determinados alimentos, ao se aproximar da geladeira vê naufragarem suas decisões. A angústia diante dos alimentos “proibidos” mostra a ineficácia da promessa por si só. Isso ocorre porque a promessa já faz parte do passado e é uma possibilidade como qualquer outra. A pessoa fica se lembrando da promessa feita, do sobrepeso ou da doença a superar, a fim de levar a diante a “obrigação”.

Depois de erguer pacientemente barreiras e se enfurnar no espaço mágico da promessa, percebe com angústia que nada impede de comer o que quiser, pois o passado não define o que será no futuro. Como escapar dessa situação e mantar a dieta de maneira eficaz? Leia a solução no blog wwwflaviomeloribeiro.com.br.

Psicólogo Flávio Melo Ribeiro
CRP12/00449