Ricardo Oliveira revela namoro antigo e evita comparação com Fred no Galo

Em 2001 não deu certo. Alexandre Kalil tentou buscar o jovem Ricardo Oliveira na Portuguesa, mas a negociação não foi para frente. Em 2014 foi a vez do falecido Eduardo Maluf tentar o contato com o atacante, mas mais uma vez as conversas não avançaram. Na terceira oportunidade finalmente veio o acerto, e Ricardo Oliveira é jogador do Atlético-MG. A confirmação e a apresentação aconteceram nesta quinta-feira, no primeiro dia de trabalhos para os jogadores na Cidade do Galo, já pensando em 2018.

Nas primeiras palavras oficiais como jogador atleticano, Ricardo Oliveira não escondeu a satisfação de defender o Atlético-MG e comentou as oportunidades frustradas no passado de defender o Galo.

- Eu queria manifestar a felicidade de vestir a camisa do Galo. Fico honrado de poder acrescentar no meu currículo o Atlético-MG, que é um time de massa, que contagiou o Brasil com o grito do torcedor. Joguei contra e sei como é bom ter a torcida como essa do lado. No ano de 2001 o Kalil tentou me trazer quando estava surgindo na Portuguesa. Não foi possível. Em 2014 eu estive conversando com o já falecido Maluf na época. Tinha um amigo jogando aqui, mas os árabes não me liberaram. Já é um namoro de muitos anos. Com o término do meu contrato com o Santos, recebi o convite do Gallo, do presidente Sérgio, e me deixou bastante feliz. Entendi que era um momento de mudança, e toda mudança gera muita esperança. Gosto de desafios e sei dos desafios que vou ter aqui no Atlético-MG. O futebol exige cobrança, mas estou preparado para isso. Não sinto o peso da idade. Tenho jogado em alto nível. Ano passado não foi como eu esperava, por causa de forças maiores. Tive caxumba e pneumonia, que atrapalharam minha pré-temporada, que para mim é fundamental. Não sofri nenhuma lesão muscular, por isso tenho jogado em alto nível.

No Atlético-MG, Ricardo Oliveira será comandado por Oswaldo de Oliveira, treinador que deu a ele a primeira oportunidade no futebol, quando ainda estava na base do Corinthians. O reencontro também é motivo de alegria do atacante.

- Gostaria de fazer menção também ao Oswaldo. O Oswaldo foi o primeiro treinador que me deu oportunidade quando estava no aspirantes do Corinthians. Poder estar aqui trabalhando com o Oswaldo é motivo de muita alegria.

Mas nem tudo serão flores. A pressão por substituir Fred, hoje jogador do rival Cruzeiro, vai existir por parte da torcida. No entanto, isto não é problema para o jogador do Galo, que respeita a história do antigo camisa 9, mas quer traçar seu próprio rumo pelo time alvinegro.

- Acho que existe um respeito pela história que ele tem, é inquestionável, mas eu não gosto de fazer nenhum tipo de comparação. Eu sou o Ricardo Oliveira e ele o Fred, e ele está em outra equipe. Venho para dar o resultado que a diretoria espera de mim. Para mim, esse desafio e o novo clube, vestir a camisa do Galo, me motivou bastante por estar aqui. Eu estou chegando para vestir a camisa 9 e vou dar o resultado que todos esperam.

Jogar no Atlético-MG foi uma escolha do próprio Ricardo Oliveira, que até tinha propostas de outros clubes, mas optou por defender o Galo.

- Eu tive muitas propostas também e coloquei na balança não só o momento financeiro, mas também o projeto. Gosto de me sentir desafiado para dar o resultado esperado. Fiquei satisfeito com o acordo, mas mais com a oportunidade de estar vestindo a camisa do Galo - completou.

A parte física não será um problema para o novo centroavante do Galo, que mesmo com 37 anos garantiu estar 100% e pronto para uma temporada. Após perder a pré-temporada 2017 por problemas médicos, Ricardo Oliveira garante que está pronto para iniciar bem os trabalhos e comandar o ataque alvinegro.