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Política

"Já negociamos tudo o que podíamos", diz Temer sobre reforma da Previdência

Em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, presidente afirmou que aprovação da proposta não pode passar de fevereiro. Votação na Câmara está prevista para o próximo dia 19.

G1

30 de Janeiro de 2018 - 08:31

O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista veiculada na noite desta segunda-feira (29), que o governo já negociou com deputados e senadores "tudo" o que podia para conseguir aprovar a reforma da Previdência no Congresso.

A declaração foi dada durante o Programa do Ratinho, do SBT. O programa foi gravado no último dia 18 de janeiro, em São Paulo, mesma data em que Temer concedeu entrevista ao Programa Sílvio Santos.

A reforma da Previdência está prevista para ser votada em 19 de fevereiro na Câmara. No entanto, apesar do otimismo do presidente, governistas admitem que ainda não possuem o apoio de 308 deputados, número necessário de votos para aprovar o projeto que promove uma mudança na Constituição.

Ao defender a aprovação da proposta durante a entrevista, Temer reconheceu que o tema é polêmico, e que o governo teve de abrir mão de alguns pontos do texto para que a reforma passe no Congresso.

"Não podemos passar de fevereiro. Vamos aprovar em fevereiro, março. Estamos contando votos, mas os votos estão crescendo e nós vamos aprová-la, se Deus quiser, em fevereiro. [...] Já negociamos tudo o que podíamos", afirmou o presidente.

Ele reconheceu, porém, que não há margem para negociar mais nenhum ponto do texto, o debate sobre a reforma será feito no Congresso, e que é possível que os parlamentares desejem alterar mais trechos da proposta. O presidente disse, então, que o governo estará disposto a conversar e negociar com os congressistas.

"Nesse momento, têm embaraços, controvérsias, mas depois a reforma fará um beneficio extraordinário ao nosso país. [...] Se você não mudar a regra do jogo agora, você não consegue ter aposentadoria lá na frente", complementou.

Assim como tem feito nas últimas entrevistas e eventos que participou, Temer voltou a pedir apoio da população para "convencer" deputados e senadores a aprovarem a proposta do governo.

"Precisamos muito do apoio popular. O Congresso ecoa, repercute a vontade popular. [...] Mandem carta para deputado, senador, mostrando que é fundamental aprovar. O deputado vai, volto a dizer, ressoar, fazer ecoar a voz do povo. Então, se o povo estiver de acordo, ele se sente confortável para votar", concluiu o presidente.