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Policial

Com preventiva decretada, aposentado continua preso uma semana após homicídio

Francisco matou Edilson no início da tarde da última sexta-feira no Bar da Camila, no núcleo Alambari CUT, do Complexo Eldorado.

Flávio Paes/Região News

09 de Fevereiro de 2018 - 14:55

O aposentado Francisco Leão Cavalcante, que há uma semana, no último dia 2, desarmou e matou com a própria arma da vítima, Edilson Santana Alves, continua preso e no dia seguinte ao crime, dia 3, teve a prisão em flagrante homologada e convertida em prisão preventiva pelo juiz de plantão Jorge Tadashi Kuramoto.

Na sua decisão, o magistrado entendeu que é necessária “manter a segregação cautelar do investigado, a fim de auxiliar na investigação” e também “se ele estiver solto, poderá influenciar negativamente na produção de provas ainda a serem colhias”.

Francisco matou Edilson no início da tarde da última sexta-feira no Bar da Camila, no núcleo Alambari CUT, do Complexo Eldorado. Edilson chegou ao local armado e começou a provocar o autor do crime, que bebia em companhia de um amigo, o também assentado Aurélio dos Santos, de 70 anos.

A vítima teria provocado os idosos com insultos e palavras de baixo calão, se reportando a Francisco como ex-presidiário do Carandiru, penitenciária que ficou conhecida mundialmente pelo massacre de 2 de outubro de 1992, resultando em 111 presos mortos. Chico, como é conhecido teria reagido aos insultos pedindo a conta, dirigindo-se até o balcão, momento em que Edilson tentou intimidá-lo exibindo um revólver na cintura.

“Não pestanejei. Na hora só pensei em me defender e rapidamente abracei em sua cintura para tomar a arma. Desarmei o rapaz e me afastei”, conta o idoso que diz ter agido em legitima defesa ao efetuar os disparos. “Eu me afastei e dei um tiro pra cima para dispersá-lo. Avisei que se investisse em mim eu ia atirar”, relata. A arma usada no crime foi roubada em novembro de 2015 durante arrombamento.

Segundo o próprio autor, mesmo em posse da arma, Edilson tentou investir contra sua pessoa. “Descarreguei o revólver no peito dele”, confessa. Segundo informações da Perícia Técnica, um dos disparos foi efetuado já com a vítima em solo, o chamado tiro de misericórdia. O projétil transfixou o ouvido da vítima. Francisco se entregou à Polícia.

Edilson em abril de 2008, quando tinha 22 anos, foi preso depois de ter matado a facadas Paulo Silva de Oliveira, 26 anos, que havia baleado na perna seu irmão, Eder Santana. O crime foi o desfecho trágico do desentendimento entre Eder e Paulo durante uma partida de futebol disputada no próprio Assentamento Alambari, onde todos moram.

Na época, segundo relatos de Edilson, depois da discussão no campo, Paulo teria ido até a casa dele e do irmão, armado de faca e uma espingarda. Fez um disparo que baleou de raspão Eder. Teria então conseguido desarmar Paulo e o matou com um golpe de faca.

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Publicado por Regiao News em Sexta, 2 de fevereiro de 2018