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Política

Eleitorado de Sidrolândia pode pulverizar votos entre 4 candidatos ‘caseiros’ a Assembleia

Na eleição de 2014, os três candidatos caseiros de maior densidade eleitoral, juntos, conquistaram 12.068 votos na cidade.

Flávio Paes/Região News

08 de Março de 2018 - 15:52

O fenômeno que aconteceu na eleição de 2014, quando os três maiores partidos, lançaram candidatos a deputado estadual com base eleitoral na cidade, pode se repetir neste ano. Além do deputado estadual Enelvo Felini, do ex-diretor do Detran, Gerson Claro, ex-prefeito Daltro Fiuza o policial rodoviário federal, Vladimir Benedito Struck também pretende disputar uma vaga na Câmara.

Na eleição de 2014, os três candidatos caseiros de maior densidade eleitoral (Daltro Fiuza, Enelvo Felini e Edvaldo dos Santos), juntos, conquistaram 12.068 votos na cidade, o que corresponde a 55,33% dos votos válidos para deputado estadual (21.810). Isto significa que 9.742 eleitores sidrolandenses (44,66%) preferiram votar em candidatos de outras cidades.  Entre os “estrangeiros” o mais votado foi Beto Pereira, ex-prefeito de Terenos, que teve o apoio de Gerson Claro e assegurou 945 votos (4,33%).

Vladimir Benedito Struck deixou a superintendência regional do Trabalho, anunciou que é pré-candidato a deputado estadual, mas não será pelo PSDB, partido pelo qual ainda está filiado e que não encontrou espaço para se candidatar.

“A chapa é muita pesada”, justificou. Ele diz que ainda está avaliando o quadro eleitoral para escolher a qual legenda se filiará. Struck é casado com a ex-secretária Municipal de Assistência Social, Priscilla Depiné, filha do empresário Edésio Depiné, dono da Priscilla Malhas.

A eventual candidatura de Daltro está atrelada a de André Puccinelli ao Governo do Estado, que teria no ex-prefeito um cabo eleitoral forte para melhorar o seu desempenho na cidade, onde foi derrotado nas duas vezes em que disputou e venceu a eleição para o Executivo Estadual. Fiuza em 2014 foi o candidato mais votado na cidade, garantindo 31,99% dos votos válidos para deputado estadual, 6.978 votos, representando 73,91% dos 9.440 que obteve e lhe asseguram a segunda suplência no PMDB. Com a eleição de Marquinhos Trad, prefeito de Campo Grande, tornou-se 1º suplente.

O segundo colocado foi Enelvo Felini, com 3.780 votos, 17,33% dos votos válidos para deputado estadual. Enelvo, embora tenha sido duas vezes prefeito na cidade, só obteve aqui 39,65% da sua votação geral (9.532). Ficou na terceira suplência do PSDB, mas acabou se tornando deputado com a renúncia de dois deputados: Ângelo Guerreiro, eleito prefeito de Três Lagoas e Flavio Kayatt, indicado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

O ex-diretor geral do Detran vai tentar pela segunda vez uma vaga na Assembleia. Em 2010, foi candidato mais votado (3.589 votos), o que corresponde a 17,42% dos votos válidos. Naquela eleição Enelvo e Daltro não o apoiaram. Enelvo fez campanha para Marcio Monteiro (ex-prefeito de Jardim), que teve 5,99% dos votos válidos (1.134). Já Daltro na época prefeito, respaldou os outros dois mais votados: Paulo Correa (que teve 1.439 votos, 6,99%) e Carlos Marun (1.323 votos, 6,42).