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Esporte

Opinião: sufocante, Santos nem precisou de 11 em campo no melhor jogo de 2018

Peixe perdeu Gabigol no primeiro tempo, mas não deu chances ao Nacional no Pacaembu

Globo Esporte

16 de Março de 2018 - 09:23

A credito que nem tenha discussão, mas concordo plenamente com o técnico Jair Ventura: o Santos fez, na última quinta-feira, contra o Nacional, do Uruguai, no Pacaembu, pela Libertadores, a melhor partida de 2018.

Como diz o título, o Peixe foi um time sufocante, que nem precisou ter 11 atletas em campo para dominar, esmagar, pressionar e não dar chances ao adversário uruguaio reagir.

Depois de quatro jogos sem vitórias (os dois últimos com equipes alternativas), o Peixe voltou a vencer. E melhor: convencer.

A estratégia do técnico Jair Ventura de poupar e trabalhar jogadas com os titulares nas últimas rodadas da fase de grupos do Campeonato Paulista deu mais certo que a encomenda. Alguns pontos valem ser ressaltados sobre o triunfo santista contra o Nacional:

  • O Santos começou a "fase de decisões" com o pé direito. Venceu um adversário cascudo a adquiriu confiança para as próximas "finais";
  • Sobre o time: atuação coletiva muito boa (à exceção de Gabigol, expulso no fim do primeiro tempo). A equipe se entendeu em campo, lutou até o fim e conquistou os três pontos na bola e na raça, mesmo com um a menos;
  • Lucas Veríssimo e David Braz são os melhores zagueiros que Jair tem em mãos no momento. Desde o ano passado, os dois se consolidaram como titulares e fazem excelente parceria. Braz é o mais perseguido pela torcida, mas, dentro de campo, mostra o motivo da confiança do treinador. Partidaça do capitão;
  • Alison é o melhor jogador do Santos em 2018. Além disso, está entre os melhores volantes do futebol brasileiro. A cada atuação, o camisa 5 mostra que é insubstituível no time de Jair Ventura. Está jogando demais. A evolução de Alison é nítida no segundo gol de Sasha. Ele deu lindo passe para o atacante definir a vitória do Peixe;
  • Léo Cittadini é uma grata surpresa. O meia era pouco utilizado pelos últimos treinadores, mas caiu nas graças de Jair e desbancou a concorrência de Renato. Firmou-se entre os titulares merecidamente;
  • Eduardo Sasha e Rodrygo não podem sair do time. Mais uma vez, a dupla foi decisiva. Velocidade, entrosamento e poder de decisão não faltam. Fizeram o que quiseram contra o Nacional;
  • Gabigol é o destaque negativo. Foi expulso ainda no primeiro tempo e poderia ter complicado a vida do Santos. Sorte a dele que o time estava em uma noite inspirada.

A vitória dá muita moral ao Peixe, que se mostrou um time que se entrega e evolui cada vez mais dentro de campo. Os próximos adversários que se cuidem.

O que vem por aí

O elenco santista não tem muito tempo para descansar antes de uma nova decisão. No domingo, às 19h (de Brasília), o Peixe volta as atenções ao Campeonato Paulista, quando enfrenta o Botafogo-SP, pelas quartas de final, fora de casa. Os titulares farão apenas um treino antes da partida.