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Policial

Tio denuncia estupro de sobrinha por padrasto que está preso desde 6ª por decisão da Justiça

À Polícia a menina revelou que foi forçada a ficar em silêncio durante este tempo, porque o agressor ameaçava matá-la.

Flávio Paes/Região News

22 de Abril de 2018 - 20:45

Tio denuncia estupro de sobrinha por padrasto que está preso desde 6ª por decisão da Justiça

Desde sexta-feira a violência sexual sofrida por uma adolescente de 13 anos, estuprada desde os 12 pelo padrasto, provocou uma onda de indignação em Sidrolândia que reverberou nas redes sociais. O tio da jovem, O. P, extravasou sua indignação no facebook e publicou até a foto do suspeito, que esta desde sexta-feira preso por decisão da Justiça. “Oi pessoal esse vagabundo estuprador mora em Sidrolândia. Um cara desse tem de morrer”, desabafa numa postagem.

Pra preservar a identidade da menina e da mãe, o Região News, não vai publicar a foto do acusado, nem a identidade dele, muito embora a cidade inteira já saiba quem é ele. "Ele estuprava minha sobrinha, batia e violentava ela”, relata.

Tio denuncia estupro de sobrinha por padrasto que está preso desde 6ª por decisão da Justiça

O crime sexual começou a ser desvendado por uma das professoras da adolescente, que estranharam o seu comportamento dos últimos dias, sempre abatida, sinais de depressão muitas vezes manifestada por choro compulsivo em sala de aula. Inicialmente atribuiu-se o abatimento da menina ao fato de ainda não ter superado a perda do pai, de quem a mãe era separada. O pai (A. P. S, de 32 anos) foi assassinado em fevereiro numa tentativa de assalto na Capital, quando se recusou a entregar o celular ao assaltante.

No último dia 12, quinta-feira retrasada, a mãe da menina foi chamada à escola, mas a garota preferiu não contar nada na presença dela. A professora insistiu e a jovem, sem a presença da mãe, relatou a violência a que estava sendo submetida desde fevereiro de 2017, quando ainda tinha 12 anos, logo após trocar a casa da avó, onde morava na zona rural, pela da mãe no Bairro São Bento.

Diante do relato dramático da menina, a professora acionou o Conselho Tutelar. Na sexta-feira à tarde (13) duas conselheiras foram à escola para ouvir a menina que confirmou ter sido estuprada em fevereiro do ano passado pelo padrasto e ao longo de mais de um ano, foi forçada a manter relações sexuais com ele.

A menina fez o mesmo relato na polícia, revelando que foi forçada a ficar em silêncio durante este tempo, porque o agressor ameaçava matá-la e a mãe dela, caso denunciasse o abuso. O exame de corpo delito confirmou que a adolescente fora vítima de estupro.

Depois do depoimento da garota na delegacia, os policiais foram a casa dela para trazer a mãe da menina, uma comerciária desempregada, que até então desconhecia que o homem com quem vivia há três anos, abusava sexualmente de sua filha. Enquanto ainda prestava depoimento, o suspeito chegou à delegacia para saber por que sua mulher (conforme relato dos vizinhos quando chegou em casa) havia sido levada de camburão pela Polícia Civil. Involuntariamente, facilitou o trabalho dos policiais que não precisaram nem intimá-lo para responder as graves acusações da enteada.