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Política

Em balanço de 2 anos, Temer lista ações do governo e diz que tirou o Brasil 'do vermelho'

Presidente disse que se sente 'responsável' por escolhas que tomou, 'sempre pensando em um Brasil maior'. Ele ainda disse que reforma da Previdência não saiu da pauta do país.

G1

15 de Maio de 2018 - 16:37

Um um discurso no Palácio do Planalto nesta terça-feira (15) para fazer um balanço dos dois anos de sua gestão, o presidente Michel Temer (MDB) listou as ações tomadas pelo governo no período e disse que "tirou o Brasil do vermelho".

Os dois anos do governo Temer foram completados no sábado (12). Ele assumiu o cargo após afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff(PT), em razão do processo de impeachment.

Ao abrir o evento, chamado de "Maio/2016 - Maio/2018: O Brasil voltou", Temer disse que faria uma lista "talvez extensa" das ações do governo.

O presidente fez questão de citar medidas que, para ele, ajudaram o país a superar a recessão econômica e a avançar em áreas como educação e segurança.

A uma plateia formada por ministros e ex-ministros do governo, além de dirigentes de estatais, de autarquias federais e parlamentares, Temer disse que se sente "responsável" pelas escolhas que fez, "sempre pensando em um Brasil maior".

"Nestes 24 meses de trabalho, nós avançamos, mas eu gostaria de fazer, diante dos meus colegas de trabalho, uma reflexão: eu confesso, diante de todos, que me sinto responsável pelas atitudes e escolhas que fiz, sempre pensando em um Brasil maior", afirmou o presidente.

"Nós somos responsáveis e orgulhosos por, repito, tirar o país da maior recessão da sua história. Por assumir um governo com inflação acima dos 10% e colocá-la perto dos 3% [...] Todos nós fomos responsáveis por tirar o Brasil do vermelho e colocar o país no rumo certo", completou Temer.

Além da redução nos juros e na inflação, o presidente citou dados como os recordes na balança comercial em 2016 e 2017 e a melhora nos resultados da Petrobras.

"Salvar a vida da maior empresa de petróleo do país é um privilégio. Nós salvamos a Petrobras. Recebi a companhia em colapso. Hoje, é com muita alegria que nós podemos anunciar que a Petrobras está recuperada. A empresa acaba de obter quase R$ 7 bilhões de lucro no primeiro trimestre deste ano", disse o presidente.

Já no final de sua fala, que durou cerca de uma hora, Temer pediu que as diversas tendências políticas se unam após as eleições deste ano em torno de um bem comum. Ele disse que sempre trabalhou "pela pacificação das várias correntes existentes no país".

"Todos devem unir-se em busca do bem comum, tanto situação como oposição. Esse é o criterio jurídico da democracia", afirmou o presidente.

"Espero que logo depois das eleições as pessoas apanhem essa conceituação e possam pensar nos problemas do país", completou o presidente.

Reforma da Previdência

Ao longo do discurso, Temer defendeu as reformas feitas pelo governo, como a trabalhista, a do ensino médio e a emenda constitucional que estabeleceu o teto de gastos públicos.

O presidente também comentou a reforma da Previdência, que chegou a ser enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso, mas não foi votada e ficou parada na Câmara. Para o presidente, a reforma não saiu da pauta do país.

Com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, prevista para durar até dezembro, nenhuma proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, pode ser aprovada no Congresso.

"Se engana quem pensa que a reforma da Previdência não será realizada. Ela saiu da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política do país", disse o presidente.

Segurança Pública

Temer abordou no discurso a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro e a criação do Ministério da Segurança Pública, ambos em fevereiro.

Segundo o presidente, ‘a luta contra o crime merece uma atenção toda especial” e “problemas extremos, demandam soluções extremas”.

“A Criação do Ministério da Segurança Pública e a intervenção federal no Rio de Janeiro, mais do que um ato de coragem, são respostas extremas à extrema violência que presenciamos em nosso país”, disse.

Temer declarou que os números da intervenção “comprovam” a redução de homicídios e roubos de cargas, por exemplo. Contudo, ele não citou números para detalhar a situação.

“Os números estão aí e comprovam que após a intervenção no Rio de Janeiro, houve redução de homicídios, redução de roubos de cargas e até de veículos e a Polícia Federal bateu recorde histórico na apreensão de armas e drogas”, disse.