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Esporte

Após 'caso Dudu', CBF pressiona Fifa para evitar desfalques no Brasileirão

Entidade cobra um ofício de liberação dos convocados para a lista de 35 na Copa do Mundo. Sem esse documento, Dedé, Dudu e outros não poderão jogar por seus clubes

Globo Esporte

24 de Maio de 2018 - 15:08

Depois de ter que recomendar ao Palmeiras não escalar o atacante Dudu, convocado para a lista provisória de 35 inscritos na Copa do Mundo, a CBF corre para evitar que clubes sejam desfalcados na rodada do fim de semana do Campeonato Brasileiro. A tentativa é obter uma liberação oficial da Fifa para os 12 suplentes de Tite poderem atuar por suas equipes.

Na última segunda, o coordenador Edu Gaspar antecipou o envio da lista final de 23 nomes – o prazo é 4 de junho – para tentar derrubar a provisória e, assim, liberar esses atletas. Também mandou um ofício à Conmebol pedindo, para o Brasileirão e a Copa do Brasil, a mesma exceção que ela obteve para a Libertadores.

Só que até agora a Fifa não respondeu, e na verdade ela não tem obrigação de atender o pedido. A CBF tem cobrado diariamente para não ter qualquer tipo de entrevero com os clubes. O GloboEsporte.com publicou o impasse no último dia 18.

Enquanto esse documento não chegar, o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, e o atacante Dudu, do Palmeiras, entre outros nomes ainda mantidos em sigilo, estarão impossibilitados de atuar – Rodrigo Caio, do São Paulo, estaria nessa situação, mas fez uma cirurgia no pé e só volta após a Copa. Isso pode se estender por sete rodadas do Brasileirão.

O regulamento do torneio de seleções determina que os pré-convocados não podem atuar por seus clubes desde segunda-feira. A Conmebol pediu dentro do prazo uma exceção para utilizar esses jogadores até quinta, término da fase de grupos da Libertadores. Por isso, o brasileiro Dedé e o uruguaio De Arrascaeta defenderam o Cruzeiro na última terça.

Só que a CBF não fez qualquer solicitação anterior. Dudu, portanto, não pôde defender o Palmeiras diante do América-MG, pela Copa do Brasil, e o efeito cascata pode acontecer no Brasileirão.

O problema não é novo. Em 2014, o goleiro Diego Cavalieri ficou três rodadas sem poder atuar pelo Fluminense por estar numa lista de 30 nomes entregue por Luiz Felipe Scolari. Ele não estava convocado, não estava treinando na Granja Comary, mas precisou de uma autorização formal da Fifa para voltar a jogar.

Por que tantos brasileiros?

A lista de suplentes possui nomes jamais convocados por Tite, caso de Dedé, do Cruzeiro. A comissão técnica entendia ser melhor ter jogadores de times nacionais porque estarão em atividade nas próximas semanas. Qualquer europeu que não tenha sido chamado entre os 23 já está de férias, sem rotina de treinamentos e cuidados com alimentação.