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Política

Adversário histórico de Daltro, PSDB se alia ao PMDB para manter travado julgamento de contas

Vereadores tucanos não votaram a favor de requerimento para desobstruir a tramitação do julgamento das contas.

Flávio Paes/Região News

20 de Junho de 2018 - 10:12

Se até a leitura em plenário do parecer do Tribunal de Contas, pela rejeição das contas de 2008 da gestão Daltro Fiuza, pouca gente apostava que o ex-prefeito conseguisse os 10 votos necessários para evitar sua literal cassação por 8 anos, incurso na lei da ficha limpa, o cenário agora é bem diferente. Se os seis vereadores do bloco de oposição mantiverem a posição atual de votar junto com outros três parlamentares do PMDB e mais o voto de Celso Pereira, salvam o ex-prefeito da inelegibilidade. Quando o parecer do TCE chegou à Câmara, no final de abril, Daltro contava apenas com os 3 votos da bancada do PMDB.

De forma surpreendente, a solidariedade ao ex-prefeito partiu exatamente de onde menos esperava, os dois vereadores do PSDB, partido que tem uma rivalidade histórica com Fiuza, tendo se alternado com o PMDB entre 1997 e 2016, no comando do Executivo Municipal.

Na sessão ordinária de ontem, 19, os vereadores tucanos Valdecir Carnevalli e Vilma Felini, não se renderam nem aos argumentos do deputado Enelvo Felini, para que se aliassem a base do Governo e ajudassem aprovar um requerimento que na prática desobstruiria a tramitação do julgamento das contas, anulando os efeitos do documento aprovada na sessão do último dia 5.

O novo requerimento, assinado pelo presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Otacir Figueiredo, propunha um novo trâmite do julgamento das contas (com base no regimento interno), retirando o parecer da CLC enviado para a COF.

O argumento é de que o envio do parecer para análise inicial da CLC (Comissão de Legalidade e Cidadania) teria sido equivocado, porque nesta matéria especifica (o julgamento de contas do Executivo) o processo teria de passar apenas pela COF.

Sem os três votos do PMDB, e um quarto, do vereador Celso Pereira, a base governista desistiu de apresentar o requerimento porque só tinha assegurado o apoio de quatro vereadores: Edno Ribas, Otacir Figueiredo, Cledinaldo Cotócio e Kennedi Forgiarini.

A base contava com os dois votos do PSDB, mais o de Adilson de Brito do PROS, garantindo 7 votos, o que resultaria em empate, cabendo ao presidente Jean Nazareth desempatar em favor da mudança da mudança de requerimento.