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Esporte

Abatido, Brasil cai diante da China e fica fora do pódio da Liga das Nações

Seleção brasileira volta a lutar, mas sofre com próprias limitações e com força ofensiva das rivais e fecha competição em quarto lugar.

Globo Esporte

01 de Julho de 2018 - 19:25

Era preciso esquecer o dia anterior e seguir em frente. Se o título não estava mais em jogo, o Brasil queria a vitória pelo terceiro lugar e por um afago moral. Mas, assim como na derrota para a Turquia, algo desandou. Neste domingo, contra a China, a seleção brasileira voltou a ir mal. Sem se encontrar em quadra, caiu para a China por 3 sets a 0, parciais 25/18, 25/22 e 25/23. Com o resultado, deixa a Liga das Nações em quarto lugar. Mais tarde, às 8h (horário de Brasília), Estados Unidos e Turquia decidem o título da competição.

Além do desempenho em quadra, Zé Roberto precisou lidar com outro problema. A líbero Suelen sofreu uma fratura na mão direita e não jogou. Gabiru entrou em seu lugar e sofreu com a falta de ritmo. Foi bem em alguns momentos, mas oscilou como todo o time.

A China soube explorar todo o seu poder ofensivo rumo à vitória. Ting Zhu, sumida no confronto de sexta-feira, foi decisiva: marcou 20 pontos, enquanto Yingying Li fez 12. Pelo Brasil, Tandara fechou o jogo com

China se impõe e fica em terceiro

O Brasil começou bem a partida, abrindo 2 a 0 no placar. A China, porém, não queria fechar a Liga das Nações em casa sem ao menos subir ao pódio. Mas o Brasil estava atento. Após um pequeno rali, Roberta pensou rápido e mandou a bola para o fundo da quadra rival: 8/6 antes do primeiro tempo técnico. Mas era um jogo nervoso. As donas da casa melhoraram e assumiram a ponta, abrindo 14/12 depois de bloqueio sobre Gabi. No ataque de Tandara para fora, a vantagem chinesa subiu para quatro pontos (16/12).

A seleção se perdeu em quadra, e as rivais se aproveitaram. Com o placar 18/13 a favor das chinesas, Zé Roberto pediu tempo. Quis acertar alguns erros de posicionamento do time, principalmente junto à rede. O Brasil até encostou por um momento, mas não conseguiu ameaçar. Zhu, que pouco tinha aparecido no primeiro confronto entre os times, fazia a diferença àquela altura. Melhor, a China fechou depois de um ataque de Amanda para fora: 25/18.

O Brasil tentou acordar. Carol, que entrara no lugar de Bia no fim do primeiro set, seguiu em quadra. A seleção abriu 4/2 de vantagem, mas a China empatou com Hu, outro destaque do time chinês na partida. Só que o time brasileiro voltou melhor e não demorou a voltar à frente. Tandara, em seu melhor momento, fez a equipe chegar a 8/5 antes do primeiro tempo técnico.

A virada veio a jato, com Li (10/9). Quando o placar marcou 12/10 para as rivais, Zé Roberto parou o jogo. Ao contrário das primeiras partidas em Nanquim, as jogadoras pareciam nervosas, assim como na derrota para a Turquia. Enquanto isso, do outro lado, as principais jogadoras faziam a diferença. Li, que andava apagada na competição, já somava 10 pontos na partida. Por um tempo, o Brasil se manteve encostado no placar. Mas nada parecia dar muito certo para o lado brasileiro: 25/22.

O Brasil quis lutar. Voltou para o terceiro set disposto a se manter vivo. Depois de as rivair largarem na frente, a seleção tomou a vantagem com Gabi (9/8). Não demorou para que a China, porém, retomasse a dianteira. Faltava força para uma reação. Por mais que a seleção se mantivesse perto no placar, não conseguia ameaçar as chinesas. Até chegou ao empate, com um ace de Tandara, mas uma furada de Gabi logo na sequência comprovou que as coisas não estavam bem. Zé mandou Rosamaria e Macris à quadra em uma última tentativa de reação. Foi a ponteira quem voltou a deixar tudo igual no placar. Mas a esperança durou pouco. O dia era mesmo das rivais.