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Policial

Professora do ES morreu com a filha nos braços em acidente no MS

Mery e Henrique Brandão morreram em um acidente de carro quando passavam férias no Mato Grosso do Sul. A filha do casal segue internada. O enterro acontece em Cariacica.

G1

16 de Julho de 2018 - 15:02

Serão enterrados nesta segunda-feira (16), em Cariacica, os corpos de Henrique Brandão e Mery Brandão. O casal morreu em um acidente de carro  na BR-060,  trecho entre Sidrolândia e Campo Grande. A família relatou que, durante o resgate, a mãe, com a filha nos braços, chegou a pedir para cuidarem da menina de 4 anos, que continua internada.
A mãe de Mery Ângela contou que a professora estava no banco de trás, abraçada com a filha, de quatro anos, no momento em que foi socorrida.
"Minha filha estava no banco de trás do carro e morreu com a filha nos braços", contou Aldelira Cortes, mãe de Mery.

"Ela conversou com a enfermeira que socorreu. Quando a enfermeira veio, ela estava abraçada com minha neta e pediu: 'cuida da minha filha'", completou a avó.
Os corpos de Henrique e Mery Ângela chegaram ao Espírito Santo na manhã desta segunda-feira (16). O velório teve início às 9h, no cemitério Parque da Paz, em Cariacica.
A filha do casal continua internada em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Santa Casa de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Segundo a família, a menina passou por cirurgias nas pernas no sábado (14). A criança também colocou um pino no braço.
Acidente
O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (13), na BR-060, a cerca de 30 quilômetros de Campo Grande. O carro em que a família estava bateu de frente com outro veículo, conduzido por uma médica. Segundo a polícia, Henrique e Mery Ângela morreram no local.
Henrique era superintendente do Banco do Espírito Santo (Banestes) na região Sul. Mery era professora da rede municipal de Vitória.
A mãe de Henrique, Ilma Gomes Brandão, disse que a viagem tinha sido um pedido da filha do casal, que queria pescar e nadar com peixes. O pai, então, teria decidido ir a Bonito para passar férias.
"Era um desejo da minha neta. E minha nora também gostava de sossego. A gente está arrasado. Perder um filho não é fácil. Ele era uma pessoa que tirava da boca para dar aos outros. Ele era muito querido. A Mery também toda a vida foi minha companheira. Íamos para restaurantes e botecos juntos. Ela era uma filha minha, muito trabalhadora e caprichosa", disse Ilma, emocionada.

A gerente geral de uma das agências do banco em Iúna, no Sul do estado, Nyara Andrade contou que Henrique era muito companheiro com os colegas de trabalho. Todos estão chocados com a morte.

"Ele era um líder sempre presente com a gente. Com certeza vai fazer muita falta. Ele deixa um legado de reconhecer o melhor de cada um. A essência dele era essa. Trabalhei quase sete meses com ele e aprendi muito nesse período. Foi um choque grande, estamos desolados. Só o tempo para corrigir e amenizar isso", disse.
Também colega de trabalho de Henrique, a gerente bancária Paula Karulina disse que o profissional era uma referência.
"Trabalhar com o Henrique foi uma experiência incrível. Brincávamos que existia um gerente antes de trabalhar com o Henrique, e um gerente depois de trabalhar com o Henrique. Ele era um orientador", falou.