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Policial

Júri popular de acusado do assassinato de Mayara Fontoura é cancelado

O pedido de adiamento do júri foi feito pelo advogado do réu, Ilton Hashimoto por conta de uma cirurgia que irá fazer e porque uma das testemunhas arroladas por ele no processo não foi encontrada.

Midiamax

17 de Julho de 2018 - 14:15

O julgamento de Roberson Batista da Silva de 33 anos, marcado para o dia 19 de julho às 8h, foi cancelado. Ele é acusado de assassinar com golpes de tesoura Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, no dia 16 de setembro de 2017. O pedido de adiamento do júri foi feito pelo advogado do réu, Ilton Hashimoto por conta de uma cirurgia que irá fazer e porque uma das testemunhas arroladas por ele no processo não foi encontrada.

Conforme o advogado Ilton Hashimoto, o pedido foi feito quando saiu o relatório apontando as qualificadoras do crime. “Já havia manifestado que iria fazer uma cirurgia e que a data não poderia ser tão breve, ainda não tinha data marcada, mas já estava encaminhando o procedimento cirúrgico”, explica.

Ainda conforme o advogado, na última sexta-feira (13) ele comprovou o pedido de adiamento por conta dessa cirurgia e pela falta de uma testemunha que não foi localizada. “Quando marcou o júri eu disse que iria operar e o segundo motivo para pedir o adiamento foi a falta dessa testemunha”. A data do júri popular foi marcada no mês de julho, logo após terminarem as audiências ocorridas em abril deste ano, após pronúncia do juiz Carlos Alberto Garcete.

O advogado pediu a redesignação do julgamento para meados de setembro, mas a nova data ainda não foi confirmada.

Feminicídio

​Mayara Fontoura de 18 anos foi assassinada na madrugada de 16 de setembro na casa onde morava no Bairro Universitário, em Campo Grande. O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.

A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.

Mayara vivia com o autor do crime desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.

O homem foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.

Passagens

Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.

Roberson foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.