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Política

Entre os candidatos caseiros, patrimônio varia de 0 a R$ 2,5 milhões

Gerson Claro, de longe é o mais rico entre os candidatos a deputado estadual.

Flávio Paes/Região News

22 de Agosto de 2018 - 11:23

Entre os candidatos caseiros, patrimônio varia de 0 a R$ 2,5 milhões

O ex-diretor do Detran, Gerson Claro, declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 2.506,778,79. De longe é o mais rico entre os candidatos a deputado estadual com domicilio eleitoral em Sidrolândia. O deputado estadual Enelvo Felini, que disputa a reeleição, declarou bens no valor de R$ 795 mil; enquanto Vladmir Struck, do Patriota, apresentou patrimônio de R$ 934 mil. O quarto candidato, o petista Valdinei Alves da Silva, o Pitó, não tem nenhum bem em seu nome.   

Conforme a declaração de Gerson, ele é dono de dois terrenos (um de R$ 15 mil e outro de R$ 314,400,00); duas casas (de R$ 600 mil e outra de R$ 418 mil); quotas de capital (R$ 289 mil) e veículos (R$ 83,8 mil), dentre outros bens. Em 2010, quando foi candidato a deputado estadual pela primeira vez, Gerson informou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 803.138,00. 

O deputado Enelvo Felini, que declarou propriedade de um veículo (R$ 55 mil); R$ 40 mil em espécie e um saldo bancário de R$ 100 mil; além de ter listado bens móveis avaliados em R$ 600 mil. Em 2008, quando foi candidato a prefeito, Enelvo apresentou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 2,2 milhões; R$ 200 mil referente a uma casa em Sidrolândia e R$ 2 milhões da Fazenda Felini, imóveis que não aparecem na sua declaração atual. 

Na eleição de 2014, quando também disputou uma vaga na Assembleia, seu patrimônio era de R$ 52,9 mil, uma casa de R$ 23.512,32, depósito em dinheiro (R$ 17.747,57) e mais algumas aplicações. 

O patrimônio Vladmir Struck, é constituído de uma casa de R$ 850 mil e um carro avaliado em R$ 84 mil.   

Discrepâncias 

A declaração patrimonial apresentada à Justiça Eleitoral, que é uma exigência para quem for disputar a eleição, nem sempre é um retrato real do patrimônio. Não é obrigatório, por exemplo, declarar a avaliação de mercado do imóvel, basta informar o valor fixado para efeito de escrituração (ou venal, base de cálculo do IPTU). Se o terreno, casa ou apartamento, foi adquirido há muito tempo, esta discrepância é ainda maior, porque não capta a valorização registrada desde a aquisição. 

Tanto a evolução ou redução patrimonial pode gerar interpretações nem sempre fidedignas. Um determinado candidato entre uma eleição e outra, pode ter transferindo bens para os filhos ou os dividindo com a esposa de quem se separou. 

Neste ano, na comparação entre os dois períodos, vai registrar um certo empobrecimento, com redução patrimonial. O inverso também pode acontecer. Entre uma disputa eleitoral e outra, o candidato pode ter sido beneficiado com bens herdados dos pais, após a conclusão do inventário. Regularizou a propriedade de bens adquiridos anteriormente por meio de contratos de gaveta.