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Política

Racha da bancada do MDB coloca contas de Daltro na linha de fogo da oposição

Daltro costurou acordo com oposição, se comprometendo a garantir votos em favor da emenda.

Flávio Paes/Região News

29 de Agosto de 2018 - 13:14

Racha da bancada do MDB coloca contas de Daltro na linha de fogo da oposição

Mais do que travar a votação da emenda à Lei Orgânica que antecipa de dezembro para setembro a eleição da Mesa Diretora para o biênio 2019/2020, literalmente coloca na linha de fogo do bloco de 6 vereadores da oposição, o ex-prefeito Daltro Fiuza (MDB) que até outubro terá as contas de 2008 da sua gestão julgadas pelo Legislativo. Daltro costurou acordo com a oposição, se comprometendo a garantir os três votos do partido e mais o de Celso Pereira, em favor da emenda, tendo como contrapartida os votos necessários para preservar seus direitos políticos. 

Para que seja derrubado o parecer prévio do Tribunal de Contas, pela rejeição das contas, Daltro precisa de 10 votos. Mantido o parecer, Fiuza fica inelegível por 8 anos, com base na lei da ficha limpa. Em princípio o ex-prefeito teria o apoio dos três emedebistas e também do vereador Celso Pereira, que já foi seu vice-prefeito. 

Com o racha da bancada do MDB, traduzido pela decisão dos vereadores Carlos Tadeu e Jonas Rodrigues que mudaram de ideia e decidiram rejeitar a emenda, uma semana depois de terem votado favoravelmente à proposta, teoricamente, Daltro estaria fragilizado nas articulações com o chamado G-6.

  Racha da bancada do MDB coloca contas de Daltro na linha de fogo da oposição

Sem os dois votos emedebistas o destino da emenda, caso não surja um fato novo, é o arquivamento porque não alcançaria os 10 votos necessários. Diante da iminência da derrota, o bloco de oposição optou por se ausentar da sessão de ontem, que nem foi instalada por falta do quórum mínimo (8 vereadores presentes em plenário). 

Ontem o ex-prefeito tentou convencer até a última hora o vereador Jonas Rodrigues, para que mantivesse o voto favorável à emenda. Jonas ignorou os apelos. O vereador Carlos Tadeu também não se sensibilizou com os argumentos de Fiuza diante da perspectiva de que mantida a eleição em dezembro, tenha o apoio da base governista para ser o futuro presidente. 

O bloco de oposição, liderado pelo vereador Carlos Henrique, favorito para encabeçar uma chapa, interpretou o racha do MDB como uma demonstração de que Daltro não exerceu tanta influência sobre os votos dos vereadores do seu partido. Diante disso, os seis vereadores no julgamento das contas do ex-prefeito, tendem a votar pela manutenção do parecer que rejeitar as contas do ex-prefeito.