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Educação

IDEB/2017 mostra queda de desempenho de alunos do 6º ao 9º ano da rede municipal

No caso dos alunos das séries iniciais, o IDEB ficou em 5,0, abaixo da meta que era 5,4 e parecido com o resultado de 2015, quando ficou em 4,9.

Flávio Paes/Região News

03 de Setembro de 2018 - 16:34

IDEB/2017 mostra queda de desempenho de alunos do 6º ao 9º ano da rede municipal

Os dados preliminares do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados nesta segunda-feira, mostram que piorou o desempenho em português e matemática dos alunos das escolas municipais das séries finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e praticamente se manteve o rendimento dos estudantes das séries iniciais (do 1º ao 6º). O IDEB dos alunos das séries finais caiu de 4,4 (em 2015) para 4,0 (em 2017), quando a meta era atingir 5. Na média estadual, os alunos das escolas públicas sul-mato-grossenses obtiveram 5,7, superando a meta que era atingir 5,2.

 No caso dos alunos das séries iniciais, o IDEB ficou em 5,0, abaixo da meta que era 5,4 e o resultado foi praticamente igual ao de 2015, quando ficou em 4,9. Curiosamente a manutenção (nas séries iniciais ) e queda de desempenho (nas séries finais) do  índice das escolas sidrolandenses em 2017 coincidiu com o fim do projeto de apostilamento do Sistema Positivo, que a gestão do ex-prefeito Ari Basso, adotou em 2015 e 2016, mas que foi cancelado ano passado, sob a justificativa de ter um alto custo (em torno de R$ 2 milhões por ano).

Das 13 escolas da rede, cinco não tiveram pontuação porque o número de alunos avaliados foi abaixo do recomendado pelo MEC. Estão sem índices as escolas Arany Barcelos, Leonida Balbuena, Monteiro Lobato, Cacique Armando Gabriel e Darci Ribeiro, todas na zona rural. A ausência destas notas também pode ter influenciado no resultado final, especialmente das séries finais. Ficaram sem avaliação os alunos do 6º ao 9º de duas das maiores escolas da rede, da Porfiria do Nascimento, só há notas dos estudantes das séries iniciais (4,7, abaixo dos 4.9 de 2015) e da Natália Moraes de Oliveira que nas séries iniciais obteve 5,0, superando a meta de 2017, 4,8.

 O IDEB das escolas municipais, nas séries iniciais, considerando a série histórica a partir de 2005, começou em 3,5, subiu para 4,0 em 2007; foi para 4,1 em 2009; chegou a 4,6 dois anos depois (em 2011); 4,3 em 2013; 4,9 em 2015 e 5,0 ano passado. Só em 2011, a meta de 4,5 foi superada. Das séries finais oscila entre 3,5 até 4,4,em 2015, melhor resultado. De 2013 para 2015 (quando as crianças das escolas municipais tiveram as apostilas), o IDEB saltou de 4,3 para 4,9 nas séries iniciais e de 3,6 para 4,4 nas finais.

 O cálculo do IIDEB obedece a uma fórmula bastante simples: as notas das provas de língua portuguesa e matemática são padronizadas em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Depois, a média dessas duas notas é multiplicada pela média (harmônica) das taxas de aprovação das séries da etapa (anos iniciais, anos finais e ensino médio), que em percentual, varia de 0 (zero) a 100 (cem). Considerando a série histórica a partir de 2005, em 12 anos o desempenho dos alunos das escolas municipais melhorou, saindo de um IDEB de 3,5 (nas séries finais) e 3,7 (nas iniciais) para chegar ao resultado atual (respectivamente 4,0 e 5,0)

 Histórico do IDEB

 Séries iniciais (1º ao 5º ano)

2005- 3.5

2007- 4,0 -    Meta - 3.8

2009- 4.1-    4,1

2011- 4,6 -  4,6

2013- 4,3  - 4,8

2015-  4,9-   5,1

2017 - 5,0 -  5,4

Séries finais - 6º ao 9º

2005- 3,5

2007- 3,8  Meta - 3,5

2009- 3,8- Meta- 3,9

2011- 4,2 - Meta- 3,9

2013-  - 3,6 - Meta- 4,3

2015- 4,4 - Meta - 4,7

2017.- 4,0 - Meta -5