Política
Com arquivamento de emenda, G-9 garante que se mantém coeso para eleger presidente em dezembro
Emenda à Lei Orgânica foi arquivada porque não teve os 10 votos necessários para atingir o quórum de 2/3.
Flávio Paes/Região News
05 de Setembro de 2018 - 09:10
Apesar da derrota política, traduzida pela votação desta terça-feira (04), quando a emenda à Lei Orgânica que antecipava para setembro a eleição da Mesa Diretora, foi arquivada porque não teve os 10 votos necessários para atingir o quórum de 2/3, os 9 vereadores que mantiveram apoio à proposta, garantem que o bloco, o G-9, vai se manter unido até dezembro e eleger em 15 de dezembro a Mesa Diretora.
O vereador Carlos Henrique é apontado como favorito para encabeçar a chapa como candidato a presidente. Na primeira votação a emenda teve aprovação unânime, mas em segunda deliberação perdeu o apoio de seis vereadores, todos da base aliada: Jean Nazareth, Edno Ribas, Otacir Figueiredo, Carlos Tadeu, Jonas Rodrigues e Kennedi Forgiarini.
Vereador Carlos Henrique é favorito para assumir a presidência. Foto: Marcos Tomé/RN.
“Independentemente da votação de hoje, quanto a eleição da mesa diretora, tenho compromisso com a eleição do Carlos Henrique”, afirma o vereador Cledinaldo Cotócio. “Vou continuar ajudando o prefeito, votando em favor dos projetos de interesse da cidade, mas nesta questão base estou alinhando com o grupo favorável à mudança da lei orgânica”, sustenta.
A mesma posição é manifestada pelo vereador Geosafá Pinto da Silva, que se declara da base do prefeito, mas apoia a candidatura de Carlos Henrique, porque na sua avaliação, ele conseguiu se viabilizar e tem o apoio da maioria dos vereadores.
Se por um lado, o arquivamento da emenda, mantendo em dezembro a eleição da Mesa Diretora, não abalou o favoritismo de Carlos Henrique para ser o presidente no biênio 2019/2020, a dissidência de dois vereadores do MDB (Carlos Tadeu e Jonas Rodrigues), que entre a primeira e a segunda deliberação, mudaram de ideia, aprovando e depois votando contra a emenda, vai trazer desdobramentos para a vida política da principal liderança do partido na cidade, o ex-prefeito Daltro Fiuza.
O G-9 não dever garantir os 10 votos necessários para livrar Daltro de ficar inelegível com base na lei da ficha. A tendência da maioria do G-9 (dois deles do PSDB, adversário histórico do MDB) é aprovar o parecer prévio do Tribunal de Contas, pela rejeição das contas da gestão de Daltro referente ao exercício de 2008.