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Política

Candidatos terão 25 seguranças e PF avalia proteção a mulher e filha de Bolsonaro, diz Jungmann

Ministro da Segurança Pública diz que inquérito sobre agressão em Minas deve terminar no prazo.

G1

19 de Setembro de 2018 - 14:18

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (19) em São Paulo que os candidatos à presidência da República passarão, cada um, a ter 25 agentes da Polícia Federal na segurança pessoal após o ataque ocorrido a Jair Bolsonaro (PSL) em Minas Gerais em 6 de setembro.

Segundo o ministro, no dia em que Bolsonaro levou uma facada, 21 agentes da PF faziam a proteção dele, além de integrantes das Polícias Civil e Militar local.

Jungmann afirmou também que receberá ainda nesta semana um relatório da PF sobre uma avaliação de risco em relação à filha e à esposa de Bolsonaro, que pediram também proteção da PF.

"Todos os candidatos terão 25 agentes e devo receber nesta semana ainda uma análise da PF sobre segurança da filha e da esposa do Bolsonaro, que pediram. Vai vir um parecer da PF para que eu possa decidir sobre isso", afirmou ele, ao falar com jornalistas após uma palestra na Academia de Polícia em São Paulo.

Análise de risco

Jungmann disse que não havia indícios de que Bolsonaro seria atacado. "Você tem uma análise de risco e Bolsonaro tinha a maior equipe de segurança, já era indicativo pelo número de seguranças que o risco era maior, mas se tivéssemos (informação de indício do ataque) iríamos atrás para prevenir e não permitir que isso acontecesse", afirmou.

O ministro acrescentou que a previsão é que a PF encerre até 21 de setembro o inquérito policial aberto para apurar o ataque, após a prisão em flagrante Adélio Bispo Oliveira, que confessou ter esfaqueado Bolsonaro. Depois disso, será aberto um novo inquérito, para apurar se houve a participação de um terceiro no crime.

"Há uma alta probabilidade de se cumprir o encerramento do inquérito dentro do prazo. Se faltar alguma perícia, algum dado, se pede mais dois ou três dias para fazer a conclusão. Mas a informação que eu tenho é que o prazo deve ser cumprido, salvo necessidade de alguma outra perícia, dado ou informação que não se tenha até aqui", assinalou.

Sobre o segundo inquérito, Jungmann afirmou que se trata de apurar a possibilidade de coautoria no crime, já que com Adélio foram apreendidos computadores e celulares que não eram utilizados por ele, e que perícia em 6 computadores utilizados pelo acusado em uma lan house pode trazer elementos novos.

"O segundo inquérito visa, sobretudo, porque você tem uma grande massa de dados. O agressor foi na lan house onde seis máquinas foram apreendidas. Tem que olhar tudo", disse Jungmann.

"O laptop do Adélio não tinha uso há mais de um ano, pra se ter uma ideia. Dos quatro celulares dele, dois nem funcionavam. Além disso, temos as informações dos recursos, do cartão de crédito que ele tinja. Então você tem um volume de informações que precisa e tem que ser analisado e periciado pra responder meticulosamente inclusive a esta possibilidade de coautoria, que até, aqui pelos dados que se tem, não se tem uma confirmação. Mesmo assim a PF vai investigar indícios. Se houver qualquer possibilidade de coautoria, será demonstrada, mas vamos investigar primeiro", salientou Jungmann.