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Política

Erro na planilha força Prefeitura licitar pela 2ª vez asfalto comunitário no Jardim das Paineiras

Houve um erro na planilha na primeira versão da concorrência que previa abertura de propostas nesta segunda-feira, dia 1º de outubro.

Flávio Paes/Região News

30 de Setembro de 2018 - 21:06

Erro na planilha força Prefeitura licitar pela 2ª vez asfalto comunitário no Jardim das Paineiras

A Prefeitura deve republicar nesta semana o edital de licitação para habilitar empresas interessadas em pavimentar o Jardim das Paineiras na modalidade asfalto comunitário, pelo qual os moradores vão custear 80% da obra, enquanto o município banca os 20% complementares.

Houve um erro na planilha na primeira versão da concorrência que previa abertura de propostas nesta segunda-feira, dia 1º de outubro. A Secretaria Municipal de Infraestrutura orçou a obra em R$ 54,00 o metro quadrado, que seria o preço de custo que a Prefeitura vai pagar a sua contrapartida.

Num orçamento preliminar, apresentado aos moradores durante o processo de coleta de assinatura para adesão ao projeto, calculou-se o preço do metro quadrado em R$ 89,00, com possibilidade de redução para R$ 80,00, no caso de pagamento à vista. Duas empresas chegaram a comprar as pastas do edital, mas não mostraram interesse em apresentar propostas porque este preço inviabilizaria a execução.

A nova planilha projeta o custo da obra em R$ 1.493.818,07 para execução de 14.189.50, metros quadrados de asfalto, aproximadamente 2 quilômetros. Deste valor, em torno de R$ 298 mil corresponde a contrapartida da Prefeitura.

Asfalto comunitário

Sancionada há três meses, a lei 1992, que instituiu o asfalto comunitário em Sidrolândia, começa a sair do papel. A Prefeitura após quase 60 dias de tramitação nas áreas de projeto, meio ambiente e licitação, lançou o edital da concorrência para habilitar empresas interessas em executar 500 metros de drenagem e 2,142 quilômetros de pavimentação de trechos de seis ruas no Jardim das Paineiras. O projeto abrange pavimentação e drenagem nas Ruas Rosendo Guardiano, Sonia de Almeida Ortencio, Pascoala Riquelme, Luiz Bretan, Juvenisio Faustino Silvério, Elcindo G. de Souza e Avenida Antero Lemes da Silva.

De um total de um total de 160 imóveis, os proprietários de 128 aderiram ao projeto e quando for homologada a licitação, serão convocados por edital para formalizar interesse e em seguida, assinar os contratos. A lei exige que para o asfalto comunitário ser implementado é necessária a adesão de 80% dos moradores. A coleta de assinatura foi feita ainda no mês de junho.

Tomando como referência orçamentos apurados pelos próprios moradores junto a empresas que atuam nesta modalidade de obra com financiamento comunitário, a obra deve custar em torno de R$ 1,4 milhão, preço de referência que pode cair com a concorrência. Deste total, a Prefeitura deve arcar com R$ 300 mil enquanto os moradores vão ratear (conforme o tamanho dos seus terrenos) o restante do custo, R$ 1,2 milhão.

Em média, tomando como referência o preço de R$ 80,00 o metro quadrado no pagamento à vista (R$ 89,00 em caso de parcelamento, 30% de entrada e mais 9 parcelas) o morador dono de um terreno com 12 metros de testada, vai pagar R$ 3.840,00, a vista ou R$ 4.272,00, a prazo. Em contrapartida vai ter direito a 5 anos de isenção de IPTU, que gira em torno de R$ 1.200,00 por exercício.

Licenciamento

O processo licitatório do asfalto comunitário no Jardim das Paineiras esbarrou em questões burocráticas no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. A engenheira da Secretaria cobrou a construção de uma estrutura de drenagem (o dissipador de energia) onde desembocará a enxurrada captada no bairro. Ela não conseguiu localizar o dissipador construído para o escoamento das águas pluviais do Bairro Sol Nascente e do prolongamento da Avenida Antero Lemes, margeando o Parque Ecológico Vacaria.

O vereador Kennedi Forgiarini e outros moradores que estão encabeçando o movimento pelo asfalto comunitário, foram a campo e conseguiram localizar o dissipador “escondido” em meio a vegetação que cresceu nos últimos três anos. “É preciso fazer alguns reparos, mas mesmo que fosse necessário construir o dissipador, não comprometeria o projeto do asfalto, já que custaria R$ 3.300,00”, explica o vereador.