Política
Em reunião do G8 com o prefeito, Cledinaldo expulsa vice de gabinete
Diante da intervenção do vereador e com prefeito visivelmente constrangido pela saia justa, Amarelo acabou deixando a sala.
Flávio Paes/Região News
30 de Setembro de 2018 - 21:25
O vice-prefeito de Sidrolândia, Wellison Muchiutti, o Amarelo, na última quinta-feira (27), passou por uma situação no mínimo constrangedora, ao interromper uma reunião no gabinete do prefeito Marcelo Ascoli, quando ele recebia um grupo de 8 vereadores que garantem ter a maioria para eleger o futuro presidente da Câmara, a ser eleito no próximo dia 15.
Ele foi “convidado” (expressão diplomática) pelo vereador Cledinaldo Cotócio, a se retirar do recinto, pois a audiência fora agendada apenas com o prefeito para tratar de um tema que não dizia respeito ao “vice”.
Diante da intervenção do vereador e com prefeito visivelmente constrangido pela saia justa, Amarelo acabou deixando a sala logo após sentar-se à mesa e começar a degustar um cafezinho. Na avaliação de Cotócio, como o vice-prefeito é do MDB, partido que tem dois vereadores e um deles, Carlos Tadeu, com pretensões de se eleger presidente, não fazia sentido testemunhar a reunião onde a eleição da Mesa Diretora da Câmara era o tema.
Algumas horas depois do episódio, o vice-prefeito, sem mencionar o episódio especificamente, fez uma postagem nas redes sociais aparentemente em tom filosófico, mas que na prática foi um desabafo. Para Amarelo, o maior problema na política, “é a sua materialização, ela traz a má política, as do que só entram pelo dinheiro, e fazem de tudo para alcançar o poder”. Na conclusão revela: “Se acham superautoridades”.
Menos enigmático, o vereador Cledinaldo Cotócio, deixa claro que não tem muita simpatia pelo vice-prefeito, após uma turbulenta convivência no PP, partido pelo qual (Cotócio) se elegeu vereador em 2012.
Cledinaldo diz que quando assumiu o comando do partido em Sidrolândia, que durante certo tempo foi controlado pela família de Wellison que tentou, segundo ele, convencer o então deputado Alcides Bernal, presidente regional da legenda, de que o vereador não teria qualificações políticas e pessoais para assumir a legenda.
“Recorreram a argumentos preconceituosos, chegaram a mencionar minha origem humilde, com descendência indígena, para tentar me tirar da presidência do diretório”, lembra.