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Política

Sucessão na Câmara provoca instabilidade na base e leva a rejeição de projeto do Executivo

Na votação da semana passada, cinco vereadores da base se juntaram ao bloco da oposição.

Flávio Paes/Região News

14 de Outubro de 2018 - 20:53

Sucessão na Câmara provoca instabilidade na base e leva a rejeição de projeto do Executivo

A surpreendente rejeição (até para a oposição) do projeto que altera os critérios para equiparar o salário dos professores da rede municipal ao piso nacional do magistério, é interpretada pelos articuladores políticos do prefeito Marcelo Ascoli, como desdobramento da radicalização do processo sucessório na Câmara, que dia 15 de dezembro elege a nova mesa diretora.

Na votação da semana passada, cinco vereadores da base (Edno Ribas, Otacir Figueiredo, Kennedi Forgiarini, Geosafá da Silva e Celso Pereira) se juntaram ao bloco da oposição que teve uma baixa, a abstenção do vereador Adilson Brito. O governista Jonas Rodrigues também se absteve e apenas Cledinaldo Cotócio e o professor Carlos Tadeu, votaram a favor do projeto.

Quem puxou a votação contra o projeto no bloco governista foi o vereador Edno Ribas. Logo após o pronunciamento de Waldemar Acosta, de contestação da proposta, Ribas surpreendeu o colega de oposição ao revelar o posicionamento dele e de outros três colegas (Kennedi, Otacir e Geosafá) em favor da rejeição da proposta do Executivo. O curioso é que este mesmo grupo foi determinante para enterrar a emenda (patrocinada pelo grupo de oposição) que anteciparia de dezembro para setembro, a eleição da Mesa Diretora.

Edno Ribas garante que não há vinculação entre o posicionamento do grupo e a sucessão da Câmara. “Fomos surpreendidos pelo projeto do Executivo, que em nenhum momento nos chamou para explicar a proposta. Votamos contra o projeto porque não concordamos com a redução de 16,75% para 6,83% da parcela de equiparação do piso”, avalia. Além disso, ele não concordou com a revisão do artigo 127 da lei complementar 110/2016, que garante a equiparação em 2022, do salário base do professor de nível 1 por 20 horas ao piso nacional do magistério.

“A proposta do Executivo não garante está equiparação, nem fixa um prazo para que seja alcançada”, destaca. Ele também nega que o grupo tenha agido como retaliação do prefeito por ter manifestado apoio nas redes sociais aos deputados Zé Teixeira e Paulo Côrrea, em detrimento dos candidatos caseiros, Enelvo Felini e Gerson Claro, que aliás em 2016, estiveram no palanque adversário do prefeito Marcelo Ascoli.