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Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Wilson Aquino

O Brasil que precisamos

Se olharmos para trás veremos que o tumulto que paira sobre o Governo não é de hoje

Wilson Aquino

31 de Outubro de 2018 - 15:12

Depois de um tumultuado e atípico processo eleitoral de dois turnos, o Brasil fez a sua escolha, elegendo o novo presidente da República que comandará os destinos da Nação pelos próximos 4 anos a partir de janeiro de 2019.

Se olharmos para trás veremos que o tumulto que paira sobre o Governo não é de hoje. Tivemos desfechos trágicos para todos os gostos e não é necessário ser preciso para relembrar alguns casos recentes como de dois presidentes cassados; um que está preso por afundar e roubar o país; outro que faleceu em circunstâncias misteriosas, poucas horas antes de assumir o cargo e até quem suicidou-se por não suportar o fardo do Palácio do Planalto.

O que não se mede e não se deu conta é de que o povo cansou de conviver e sustentar esses sucessivos quadros. Exige e merece mais respeito das autoridades constituídas, que cumpra e promova um governo do povo para o povo, além de trabalhar, de fato, para elevar o País a patamares nunca antes alcançados.

O Brasil é um país rico, abençoado e privilegiado por uma série de fatores que há muito já deveriam alicerça-lo à estabilidade econômica que o conduziria a um grande desenvolvimento em todas as áreas, gerando riquezas, emprego e renda para todos.

Temos, por exemplo, as melhores terras; riquezas minerais em abundância; clima bem definido e sem os rigores da natureza e acima de todas essas e outras qualidades, temos também um povo ordeiro e trabalhador. Ou seja, temos absolutamente tudo para avançarmos com segurança rumo ao progresso, ao desenvolvimento...

Mas não avançamos! As coisas não andam no Brasil. Entra e sai governo e as coisas só oscilam timidamente, ora para cima, ora para baixo (mais para esse lado) sem que medidas efetivas sejam tomadas para que o país avance, a exemplo de países asiáticos, por exemplo, (que investiram pesado em educação), que saíram da miséria e hoje são grandes potências econômicas no mundo.

Como será esse governo que acaba de vencer as eleições? Que rumo, de fato, ele dará ao país? Como será o papel da oposição na Câmara e no Senado? Permitiremos que façam oposição por oposição simplesmente? Mesmo que medidas em benefício do povo estejam em jogo?

A oposição política precisa respeitar a vontade do povo e apoiar tudo aquilo que se queira fazer em seu benefício.

Os tempos são outros! Precisamos amadurecer. Nossos representantes políticos mais ainda. Precisam levar a sério os cargos que ocupam e trabalhar mais em benefício da Nação. Acabar com rivalidades pessoais e partidárias, pois não foram eleitos para isso. Precisam entender que o bem-estar do povo está acima de tudo e de todo e qualquer interesse seu ou de pequenos e seletos grupos, como hoje muito se vê.

Deputados federais e senadores terão um papel vital a partir de janeiro de 2019, no empreendimento das reformas necessárias para alicerçar o país rumo ao desenvolvimento. A reforma da Previdência Social, por exemplo, não pode ser feita como está proposta, penalizando o povo e mantendo privilégios a determinados segmentos. Assim não dá. O povo não é bobo, não é capacho! Quer que os parlamentares também cortem a própria carne, acabando com regalias que perduram na Câmara e no Senado por décadas. E não vale mais a alegação de que são legais. São sim vergonhosamente imorais e precisam acabar.

Enquanto a Nação amarga a maior crise da sua história, com mais de 14 milhões de desempregados e milhares de lojas, indústrias e negócios fechados por todo país, nossos ilustres deputados e senadores gozam de extravagantes e inconcebíveis "direitos", como o de contratar mais de 40 funcionários e os mais variados auxílios que afrontam o bom senso, a vergonha. Os tempos são outros e esse tipo de coisa precisa acabar.

A renovação de parlamentares na Câmara e no Senado será superior a 50% a partir de 1º de janeiro e o mesmo povo que os elegeu já se pergunta: - Como será o comportamento desses novos eleitos cuja plataforma de campanha foi mudar essa pouca vergonha institucionalizada de maneira legal nas duas casas de leis. Os tempos são outros e não poderão querer, de novo, enganar o povo.

Quanto ao presidente da República, além de colocar seu plano de governo em ação, terá que enxugar a máquina administrativa e cortar em pelo menos metade os mais de 30 ministérios hoje instalados como verdadeiros cabides de emprego e de gastos do dinheiro público.

Socorro! O Brasil também não suporta mais e não precisa também de 30 ou mais partidos políticos sustentados com o dinheiro público. É preciso reforma urgente pois é inconcebível a existência dessa grande variedade de ideologia.

E por favor, reformem também o judiciário brasileiro. Os escândalos de corrupção no Brasil trouxeram à tona a fragilidade da nossa legislação. Condenados que não ficam presos; Presos que são libertados; Suspeitos que nunca são investigados e julgados... basta! Essas vergonhas não podem mais prevalecer! Precisam acabar.

E por fim, para o êxito desse novo governo, que possamos, todos nós, obedecermos ao mandamento de Deus, Ser Supremo que está acima de tudo e de todos, de orarmos pelas nossas autoridades constituídas para que usem do bom senso  na tomada de suas decisões e que elas sejam sempre em benefício  de todos, o melhor, sempre, para a Nação.

 

*Jornalista e Professor