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Política

Três candidatos disputam neste domingo eleição para cacique da Aldeia Córrego do Meio

Estão na disputa o atual cacique, Genivaldo Campos que tentará a reeleição; o professor Messias Dias e Jezias Clementino.

Flávio Paes/Região News

03 de Novembro de 2018 - 09:30

Os 400 moradores da Aldeia Córrego do Meio aptos a votar, vão às urnas neste domingo para escolher entre três candidatos o futuro cacique que exercerá mandato por 4 anos. Estão na disputa o atual cacique, Genivaldo Campos que tentará a reeleição; o professor Messias Dias e Jezias Clementino.  A votação começa às 8 horas e se estenderá até as 17 horas, iniciando logo em seguida o processo de apuração.

Três candidatos disputam neste domingo eleição para cacique da Aldeia Córrego do Meio

Candidato à reeleição, Genivaldo está confiante de que vai sair vitorioso com pelo menos 50% dos votos. Ele diz que sua recondução ao cargo será o reconhecimento ao trabalho desenvolvido na sua gestão de três anos. “Conseguimos várias conquistas que foram importantes para a comunidade”, destaca.

Genivaldo destaca como feitos da sua gestão, a obtenção de um segundo trator usado de forma comunitário nas lavouras; uma Caminhonete F-350 usado no escoamento da produção, além de garantir o suprimento mensal de 500 litros de óleo diesel. Foi montada uma estrutura interna de segurança, com quatro vigilantes que receberam treinamento da Polícia Militar. Eles fazem rondas em duas motocicletas, passam orientação, mas em casos mais graves, acionam a PM para interceder.

Junto à Prefeitura, Genivaldo menciona como avanço, a criação da Fundação Municipal Indígena, que terá orçamento e vai captar recursos destinados ao fomento de atividades agrícolas e culturais da população indígena. No âmbito nacional, o cacique acredita que o futuro presidente, Jair Bolsonaro, por ser próximo aos fazendeiros, vai resolver o impasse em torno dos 15 mil hectares reconhecidos como parte da Terra Buriti, com a indenização dos antigos proprietários. Ele não teme um retrocesso nas conquistas indígenas, mesmo com o discurso de Bolsonaro de não ampliar os territórios indígenas. “ Vamos resistir até a morte, se for preciso”, garante.