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Política

Futura ministra, Tereza Cristina, terá terça-feira 1ª reunião de trabalho com presidente eleito

Segundo Tereza Cristina, é fundamental saber o “tamanho” do Ministério da Agricultura.

Flávio Paes/Região News

08 de Novembro de 2018 - 15:00

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), futura ministra da Agricultura, terão uma reunião na próxima terça-feira (13) para detalhar prioridades e a eventual inclusão de novas áreas na pasta.

A deputada federal quer saber, por exemplo, se as áreas da pesca e da agricultura familiar serão incluídas na sua pasta e como ocorrerá esse processo. Segundo Tereza Cristina, é fundamental saber o “tamanho” do Ministério da Agricultura.

De acordo com a deputada, os produtores rurais esperam segurança jurídica, defesa da propriedade e um ministério “mais moderno”, incluindo maior número de acordos comerciais. Nos próximos dias, ela deve se reunir com o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para ser mais bem informada sobre o setor.

A futura ministra avaliou que toda vez que o Brasil recebe “um chamamento” para produzir, o setor produtivo responde de forma “firme e acertiva”. “[Mas], é preciso ter mercado”, ponderou.

“Já produzimos suficiente para o nosso país com segurança, alimentos de qualidade, respeitando as regras. Temos um bom parque industrial, da agroindústria brasileira, e agora precisamos ver para onde podemos exportar e quais são os gargalos.”

Indústria de multas - Segundo Tereza Cristina, o Ministério da Agricultura deve se concentrar na produção sustentável e na redução do que chama de “indústria de multas”, repetindo a expressão utilizada com frequência pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

“Acabar com a indústria das multas, ter normas claras, ter um ambiente de negócios mais favorável. É o que o Brasil precisa para receber empreendimentos tanto externos quanto internos. Licenças serem mais ágeis não quer dizer perder segurança. Alguns processos precisam ser modernizados”, acrescentou.

Terrorismo - Ao ser questionada sobre propostas em tramitação no Congresso relacionadas à defesa de propriedade e que podem enquadrar ocupações como ações terroristas, Tereza Cristina evitou se posicionar sobre os temas.

“Tenho um pouco de dúvidas porque já temos leis sobre isso. É uma coisa que tem de ser discutida com o [futuro] ministro [Justiça] Sérgio Moro”, afirmou a deputada federal. Segundo ela, a equipe de transição trabalha também para analisar este tipo de assunto.

Exterior - Outra preocupação de Tereza Cristina é o nome que será anunciado para assumir o Ministério das Relações Exteriores. “É muito importante este ministério andar junto com a Agricultura principalmente para [enfrentar] estes problemas externos que a gente pode ter, dependendo da condução política.”

Questionada sobre a possibilidade de transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém e o eventual impacto no mercado de carne, a deputada federal afirmou que precisa conversar com o presidente eleito sobre o tema. Segundo ela, recebeu telefonemas de empresários brasileiros, ligados ao setor, preocupados com ameaças de prejuízos.

Meio Ambiente - Tereza Cristina espera ter uma relação “muito boa” com o titular que assumir o Ministério do Meio Ambiente. A deputada federal, no entanto, ressaltou que a escolha do nome para o meio ambiente é “exclusiva do presidente eleito” Jair Bolsonaro. Mas admitiu se consultada, fará sugestões de nomes que têm “gabarito” para assumir a missão.