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Esporte

Arão engata sequência e busca 1º gol em um Flamengo x Botafogo

Em sua 13ª partida seguida, volante rubro-negro se prepara para tentar marcar sobre seu antigo time neste sábado.

Globo Esporte

10 de Novembro de 2018 - 09:27

Willian Arão vive um ano diferente. Um dos atletas que mais entrou em campo pelo Flamengo entre 2016 e 2017, com 129 jogos, o volante na atual temporada disputou apenas 27 partidas. Mas nos últimos meses do ano ele voltou a engatar uma sequência no Rubro-Negro depois de superar alguns "obstáculos": mudanças de treinadores, lesão, vaias e uma tentativa de transferência mal sucedida para a Europa.

Contra o Botafogo neste sábado, às 19h (de Brasília) no Estádio Nilton Santos, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, Arão vai para a sua 13ª partida seguida, uma sequência que não acontecia desde novembro do ano passado. Nos últimos 12 jogos, foi titular em nove e entrou durante a partida em três. De novo com moral, o volante vai em busca de seu primeiro gol sobre o ex-clube:

- Estou esperando essa "Lei do Ex" há onze jogos. Se torna um jogo especial por se tratar de um clássico, mas eu encaro como se tivesse jogando outro clássico qualquer. Eu vou me preparar da melhor maneira possível para ajudar meus companheiros, se possível fazer um gol, porque é importante não só para mim como para o Flamengo, mas se não puder contribuir com gol vai ser com muita garra, com muita disposição e entrega para que o Flamengo saia vencedor, que é o mais importante.

Arão x Botafogo

Brasileirão – 21/07/2018 – Flamengo 2 x 0 Botafogo

Carioca – 20/03/2018 – Flamengo 0 x 1 Botafogo

Brasileirão – 10/09/2017 – Botafogo 2 x 0 Flamengo

Copa do Brasil – 23/08/2017 – Flamengo 1 x 0 Botafogo

Copa do Brasil – 16/08/2017 – Botafogo 0 x 0 Flamengo

Brasileirão – 04/06/2017 – Flamengo 0 x 0 Botafogo

Carioca – 23/04/2017 – Flamengo 2 x 1 Botafogo

Carioca – 12/02/2017 – Botafogo 1 x 2 Flamengo

Brasileirão – 05/11/2016 – Flamengo 0 x 0 Botafogo

Brasileirão – 16/07/2016 – Botafogo 3 x 3 Flamengo

Carioca - 02/04/2016 – Botafogo 2 x 2 Flamengo

Em conversa com o GloboEsporte.com na última sexta-feira, Arão contou melhor como está sendo o ano de 2018. Falou mais detalhadamente sobre a lesão na panturrilha direita, que o atrapalhou o início da temporada; da quase transferência para o Olympiakos, da Grécia; das críticas da torcida; da chegada de Dorival Júnior e da expectativa ainda viva pelo título do Brasileirão.

Confira outros trechos da entrevista:

Como lidou com as críticas da torcida?

- Eu acho que isso é bom, porque a partir do momento que as pessoas questionam você, quer dizer que você pode dar mais, porque elas só cobram daqueles que podem melhorar. Eu não estou aqui acomodado, eu quero crescer sempre, evoluir a cada treino e a cada jogo. As críticas e as cobranças também me ajudam de alguma forma, desde que sejam justas e com coerência.

O que representa essa sequência de doze jogos para você?

- Estou muito feliz. Todo jogador espera jogar e ter sequência e quando a gente atinge isso obviamente nosso futebol cresce. Estou sempre tentando melhorar a cada jogo junto com meus companheiros. Eu passei por um momento complicado, mas estou feliz por poder voltar, estar jogando bem e ajudando o time.

Seu retorno se deve a algum fator específico?

- Não. Eu acho que nada específico, acho que o jogador, o ser humano tem que aceitar algumas situações e dar tempo ao tempo. Eu continuei trabalhando, perseverando, fazendo as coisas que eu costumo fazer e não desisti. Por isso as coisas mudaram. Eu comecei a jogar melhor, o time começou a jogar melhor, assim eu pude voltar e retomar meu espaço dentro do time.

O quanto a lesão na panturrilha em fevereiro te atrapalhou?

- Uma lesão no início da temporada sempre prejudica, ainda mais com um treinador novo e em um período de montagem de time. Foi no início do campeonato, voltei depois de um mês, foram nove jogos nesse tempo. O time já tinha jogado, já estava entrosado, então é difícil, mas dei tempo ao tempo, esperei minha oportunidade e quando surgiu eu aproveitei.

A chegada do Dorival Júnior ajudou você a se firmar no time titular?

- Ele me deu confiança para eu continuar com aquilo que eu já vinha fazendo, deu sequência ao meu momento e me ajudou em outros aspectos. Ele me deu alguns toques, assim como fez com o time todo, por isso que a gente ainda não perdeu com ele. Não foi só importante para mim, mas para o time todo.

Em que o Dorival te ajudou?

- Questão de posicionamento, alguns movimentos que ele gostaria que eu fizesse, que eu por vezes não vinha efetuando ou fazia pouco e ele insistiu para que eu executasse, porque era isso que ele esperava de mim e me cobrava. Então, eu voltei a fazer e a gente conseguiu realizar jogadas relacionadas a isso e fazer alguns gols. Fiquei muito feliz.

Como foi essa possível transferência para o Olympiacos?

- Todo jogador tem o sonho de jogar na Europa. Surgiu essa possibilidade, a princípio houve o interesse, mas nunca esteve acertado por causa de divergências e alguns fatos. Você chega em um dos maiores clubes do Brasil e do mundo que é o Flamengo, mas você também almeja outras coisas, como conquistar e ser vitorioso em outros lugares também

Foi bom ter ficado no Flamengo?

- Eu não penso por esse lado. Eu penso que tudo acontece como tem que acontecer. Se eu não fui, foi porque Deus não quis que eu fosse e porque eu tinha algo melhor aqui. Se eu não estivesse jogando, eu também não ia ficar arrependido. Eu tento sempre olhar pelo lado positivo, sempre ser positivo em todas as coisas, mas estou feliz, porque eu voltei a jogar e a ter sequência.

O que o Flamengo precisa fazer para ser campeão?

- Nós temos que ganhar. Não dá para ficar torcendo contra os outros e não fazer a nossa parte. A gente tem que vencer. Nós temos mais seis jogos, são 18 pontos. Nós temos 60 pontos agora, e se ganharmos todos vamos bater 78 pontos. Então, se vencermos as partidas que restam vamos fazer uma pontuação muito alta e talvez digna de campeão, mas a gente tem que fazer a nossa parte e esquecer dos outros, porque se eles atingirem um número maior foi porque a gente errou em algum aspecto, mas se eles falharem, tropeçarem, nós vamos ter feito a nossa parte e vamos sair campeões.