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Política

Julgamento de contas vira ‘moeda de troca’ na sucessão da Mesa Diretora

Julgamento das contas do ex-prefeito, transformou-se numa espécie de “moeda de troca” nas articulações para a eleição da mesa.

Flávio Paes/Região News

14 de Novembro de 2018 - 10:23

Julgamento de contas vira ‘moeda de troca’ na sucessão da Mesa Diretora

O julgamento das contas do ex-prefeito Daltro Fiuza, referente ao exercício 2008, transformou-se numa espécie de “moeda de troca” nas articulações para a eleição da mesa diretora da Câmara programada para o próximo dia 14 de dezembro.

O que aconteceu na sessão de ontem, terça-feira (13), quando o julgamento foi suspenso porque o vereador Kennedi Forgiarini, relator do processo na Comissão de Orçamento e Finanças, não teria chegado a tempo porque estava participando de audiências na Justiça do trabalho em Aquidauana, faz parte deste enredo de manobras que tem como plano de fundo a eleição do futuro presidente da Casa.

Kennedi integra um grupo de seis vereadores que tem posição fechada pela aprovação das contas de Daltro. O G-6, integrado por Forgiarini e seus colegas Edno Ribas, Otacir Figueiredo, Jean Nazareth, Carlos Tadeu e Jonas Rodrigues, queriam o adiamento do julgamento para ganhar tempo e com isto, tentar garantir os quatro votos que faltam para derrubar o parecer prévio do TCE/MS que recomendou a rejeição do balanço de 2008 da Prefeitura. Se atrair dois votos, insuficientes para derrubar o parecer do Tribunal, mas é o suficiente eleger o futuro presidente.

Julgamento de contas vira ‘moeda de troca’ na sucessão da Mesa Diretora

Não é uma missão fácil, já que até mesmo dois votos teoricamente favoráveis ao ex-prefeito são dados como perdidos: o de Geosafá da Silva, que é do MDB, partido de Fiuza e de Celso Pereira, em princípio simpático a aprovação, mas nas últimas horas teria optado por se abster. Ele não foi ontem à sessão, alegando problemas de saúde (enviou um atestado médico).

Edno, Kennedi, Otacir e Jean Nazareth, se comprometeram com Tadeu e Jonas Rodrigues, a aprovar as contas de Daltro, desde que os dois ajudassem a arquivar (na segunda votação) a emenda à Lei Orgânica, antecipando de dezembro para novembro a eleição da Mesa Diretora. Resultado, este movimento foi interpretado pelo grupo liderado pelo vereador Carlos Henrique (candidato a presidente que hoje tem o respaldo de outros 8 vereadores), como traição. A disposição inicial de aprovar as contas de Daltro foi revista e agora, a tendência do G-9 é acatar o parecer do Tribunal de Contas, que é pela rejeição.