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Mundo

Irã classifica sanções dos EUA de 'terrorismo econômico'

Medidas adotadas em novembro afetaram diretamente as empresas asiáticas ou europeias que compram petróleo iraniano.

G1

08 de Dezembro de 2018 - 10:04

Irã classifica sanções dos EUA de terrorismo econômico

As sanções americanas contra o Irãsão "injustas" e "terrorismo econômico", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em uma conferência regional em Teerã, neste sábado (8).

"As sanções americanas injustas e ilegais contra (...) o Irã constitui um exemplo claro de terrorismo", declarou Rohani, cujo discurso foi transmitido por televisão.

Rohani deu essas declarações em uma conferência sobre a luta contra o "terrorismo", da qual participam os presidentes dos Parlamentos do Afeganistão, da China, do Paquistão, da Rússia e da Turquia.

"O terrorismo econômico se destina a criar pânico na economia de um país e a infundir medo em outros Estados" para impedi-los de investir nele, acrescentou.

"Enfrentamos um assalto global que ameaça não apenas nossa independência e nossa identidade, mas que também tenta romper nossas relações há tempos" com outros países, afirmou.

Sanções dos EUA

Os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em maio passado do acordo sobre o programa nuclear iraniano firmado em 2015, em Viena, entre Teerã e várias grandes potências.

Posteriormente, o governo do presidente Donald Trump restabeleceu as sanções americanas, sobretudo, contra o setor energético.

A retomada das sanções faz parte de esforços maiores de Donald Trump para forçar o Irã a cortar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio a forças no Iêmen, Síria, Líbano e outras partes do Oriente Médio.

Essas medidas afetam diretamente as empresas asiáticas ou europeias que continuam comprando petróleo iraniano ou mantêm relações comerciais com bancos iranianos, bloqueando o acesso ao mercado americano.

As sanções americanas funcionam como uma chantagem contra países terceiros que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os Estados Unidos.