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Policial

Justiça decreta preventiva e Polícia prende envolvidos no sequestro de caminhoneiro

Willian e Roniclei, estavam usando tornozeleira eletrônica, por terem participado há dois anos de outro roubo em Sidrolândia.

Flávio Paes/Região News

14 de Dezembro de 2018 - 14:35

Justiça decreta preventiva e Polícia prende envolvidos no sequestro de caminhoneiro

Em operação comandada pelos delegados Diego Dantas e Thais Duarte, policiais do Serviço de Investigações Gerais da Polícia Civil prenderam nesta sexta-feira (14) os irmãos Willian Felipe Castilho e Roniclei de Araújo, que no último dia 23 de novembro, participaram do assalto e tentativa de homicídio contra o caminhoneiro Edvaldo Lopes Silveira que por dois dias foi mantido em cárcere privado numa chácara localizada perto do CTG. Willian e Roniclei, estavam usando tornozeleira eletrônica, por terem participado há dois anos de outro roubo em Sidrolândia.

Os dois suspeitos foram surpreendidos ainda em casa (na Travessa IV, no São Bento) pelos policiais que lhes apresentaram os mandados da prisão preventiva e expedidos pela Justiça. No quarto de Roniclei foi encontrado um revólver calibre .38, ensejando o flagrante por porte ilegal de arma.

Roniclei e Willian já haviam sido presos pela Policia Militar no dia seguinte ao sequestro do caminhoneiro (24 de novembro), mas acabaram sendo colocados em liberdade, porque não se caracterizou o flagrante. Na ocasião os policiais encontraram na casa do irmão um comparsa deles, Claudio Henrique de Oliveira Souza, que confessou ter sido o autor do disparo que baleou o caminhoneiro na virilha.

Golpe do frete

Claudio, William e Roniclei participaram no último dia 23 de novembro, do golpe do falso frete, que resultou no roubo de um caminhão, sequestro e em tentativa de homicídio contra o motorista Edvaldo Lopes Silveira, baleado nos testículos. O caminhão, um Mercedes Benz 1938, placa JUD-3387, de Brusque Santa Catarina, foi levado para Bolívia, onde teria sido entregue aos receptadores.

Ao ser abordado na casa dos irmãos Roniclei de Araújo e Willian Felipe Castilho, Claudio em princípio negou participação na trama. Acabou mudando a versão, quando os policiais encontraram na varanda da casa, uma bolsa com objetos de higiene pessoal, cartões com contatos de transportadoras de carga e um comprovante bancário em nome de Valdir Lopes Neves pai do caminhoneiro vítima do sequestro.

O suspeito contou aos policiais que passou a madrugada com o caminhoneiro na casa usada como cativeiro de onde só saiu e deixou a vítima quando o caminhão havia atravessado a fronteira com a Bolívia em Corumbá.

Edvaldo Lopes da Silveira estava em Maracaju quando foi atraído para um suposto frete em Sidrolândia. A carga estaria na saída para Campo Grande perto do Parque de Exposição. Ao chegar ao local, na Avenida das Flores, foi rendido pelos marginais, levado para um cativeiro, onde além de sofrer agressões, foi baleado na altura da virilha e o projétil teria atingido seus testículos. Na madrugada, seus algozes o abandonaram e ele conseguiu fugir, pedindo socorro numa chácara cujos moradores acionaram o Corpo de Bombeiros para leva-lo ao hospital.