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O que aprendemos com Brumadinho?

Uma situação revoltante, lamentável e triste por sabermos que tudo isso poderia ter sido evitado.

Wilson Aquino

05 de Fevereiro de 2019 - 16:01

O Brasil chora por um dos maiores desastres de sua história, que já deixou mais de 100 mortos e o dobro de desaparecidos. As buscas continuam e as famílias de parentes e amigos já perderam a esperança de encontrar alguém com vida, mas querem ter a dignidade de enterrar seus mortos. Uma situação revoltante, lamentável e triste por sabermos que tudo isso poderia ter sido evitado se não imperasse em meio às pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a empresa e a manutenção da barragem, más qualidades humanas como a ganância, a corrupção e a negligência.

Mas o objetivo destas linhas não é tratar e nem trazer notícias e informações sobre o tema, amplamente divulgado, passo a passo, pela imprensa nacional e muito menos entrar nesse campo da responsabilidade da empresa, que é inquestionável. Se estabelecermos a pergunta: O que aprendemos com o desastre de Brumadinho? As respostas também seriam incontáveis.

Quando analisamos os vídeos existentes, produzidos inclusive em meio às pessoas que foram “devoradas” pela lama, poderíamos, por exemplo, abrir uma ampla discussão sobre o despreparo de pessoas para lidar com desastres dessa natureza ou mesmo de menor vulto. Vimos pessoas perdidas, sem saber o que fazer, para onde correr e que por conta desse vacilo, num curtíssimo e precioso tempo, acabaram morrendo. Outros, que tomaram atitude e tiveram o impulso de correr para os pontos mais elevados, acabaram sendo salvos.

Mas o ponto ao qual quero chegar também não é esse sobre treinamentos que a segurança do trabalho poderia oferecer para que funcionários de uma empresa possam agir rápido e de cabeça fria para tomar atitudes corretas que poderiam salvar vidas, inclusive a sua.

O assunto que gostaria de trazer à tona é: Estamos preparados espiritualmente para partirmos a qualquer momento?

Deixemos de lado o estado laico e analisemos as pessoas, as famílias que carregam a Bíblia Sagrada em mais de 90% dos lares brasileiros porque acreditam em Deus e em Jesus Cristo, o Salvador, que morreu pelos nossos pecados para que pudéssemos ser salvos se seguirmos seus mandamentos muito bem expressos nas Escrituras Sagradas.

Brumadinho é exemplo de que a vida pode ser interrompida abruptamente a qualquer momento, junto a qualquer pessoa, de qualquer idade e em todo e qualquer lugar.

Fica então a grande lição de que o momento de nos prepararmos espiritualmente é agora. Muitos protelam a decisão de aceitar Deus e Jesus Cristo em suas vidas, mesmo sabendo que não existe outro caminho melhor a seguir senão esse, que só pode ser trilhado por aqueles que abandonam os valores materiais e mundanos que o mundo oferece.

Falta fé no homem para acreditar que se de fato colocarmos Deus acima de todas as coisas, as demais nos serão acrescentadas. Essa é uma promessa do Senhor, amplamente divulgada nas Escrituras Sagradas. Falta-lhe compreender também que ao buscarmos nosso fortalecimento espiritual, não significa, de modo algum, que não devemos desfrutar da beleza e do conforto que a vida nos oferece. Pelo contrário, devemos sim criar e desfrutar das coisas, mas não colocar de forma alguma qualquer dessas coisas acima de Deus.

Explicar tudo isso é muito complexo. Entretanto, como essas verdades espirituais estão entesouradas no coração de todo indivíduo, cabe a cada um buscar os meios necessários para que essas verdades venham à tona. Ler as Escrituras diariamente; orar ao Pai, sempre, e ir à igreja são as principais ações que podemos fazer para encontrarmos o caminho para o crescimento espiritual, que nos dará conforto, paz e alegria e nos alicerçará para sermos salvos quando o fôlego da vida for interrompido.