Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Esporte

Carille banca Gustagol, explica Boselli na reserva e detalha o que quer taticamente do Corinthians

Técnico do Timão diz que equipe atua no 4-3-3 e busca entrosamento

Globo Esporte

06 de Fevereiro de 2019 - 14:16

Mesmo com a sombra de Mauro Boselli, Gustagol foi bancado pelo técnico Fábio Carille como titular do ataque do Corinthians neste início de temporada.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, véspera da estreia na Copa do Brasil, contra o Ferroviário-CE, às 21h (de Brasília), em Londrina, Carille explicou o por quê desta decisão e ainda disse estar em busca de um time ideal:

– Vamos deixar as coisas bem claras, não é um centroavante, Jadson e Love. Hoje é o Gustavo o centroavante. Ele vem jogando bem, cumprindo função e, enquanto não me mostrar o contrário, o Gustavo é titular do time. O Boselli vem de um futebol com intensidade mais baixa, o Mexicano, precisa entender isso e vai entender. Por enquanto, o centroavante é o Gustavo. E hoje vou trabalhar assim, mas daqui a pouco posso trazer o Ramiro para dentro, fazer um meio de campo mais forte ou voltar para o 4-1-4-1 com outras características. Estou procurando forma de jogar, não posso demorar, mas tenho que dar rodagem para esse time – comentou.

Ao comentar a montagem da equipe neste início de temporada, Carille também detalhou o esquema tático usado na vitória sobre o Palmeiras e que será mantido nesta quinta-feira, no duelo no Estádio do Café, em Londrina, às 21h.

– É um 4-3-3 porque Sornoza e Ramiro jogaram praticamente na linha do Ralf, baixo. 4-1-4-1 seria com os jogadores de dentro jogando mais avançados, como foi com Elias e Renato Augusto em 2015. Eu precisava fechar espaços com flutuação de Lucas Lima e Scarpa (no Dérbi). Por isso considero 4-3-3.

Carille deixou claro que deseja melhorar aspectos ofensivos do Corinthians. Ao comentar a entrada de Vagner Love na equipe titular, ele falou mais sobre seus conceitos táticos para o Timão:

– Eu preciso ser mais agressivo, equilibrar. Ele (Sornoza) jogou no meio de campo, em posição diferente do Mateus Vital. Ramiro fez esse trabalho benfeito no Grêmio, é algo que o Corinthians fez por anos com Jorge Henrique e Romero. A ideia é equilibrar com um lado mais tático e o outro mais solto. Não é porque esse time que vai jogar amanhã que vai ficar, é o começo. A gente tem que olhar o elenco e o time durante a competição, com jogadores chegando, tendo entendimento, entendendo o que é o Corinthians, caso de Richard e Sornoza. Envolver o adversário e ter conjunto requer tempo. Por isso ontem (terça-feira) fiz trabalho de organização e hoje (quarta) quero fazer para a gente crescer a cada dia.

O Corinthians deve ir a campo contra o Ferroviário com: Cássio, Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Ramiro e Sornoza; Jadson, Vagner Love e Gustagol.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Fábio Carille:

Vagner Love

– Ele jogou assim no Besiktas e no Flamengo. Sabe fazer isso muito bem, no começo de carreira no Palmeiras foi assim com o Edmilson. Ele está muito bem fisicamente, não tem erro. No Besiktas nos jogos que eu vi ele não era o pivô. Então ele não teve dificuldade.

Próximos jogos

– Eu costumo trabalhar jogo a jogo, dia a dia, mas é inevitável neste início não ter trocas. Em Novo Horizonte terá trocas [...] O planejamento está focado no jogo agora. Contra o Racing será o maior desafio deste início, equipe liderando o Campeonato Argentino, no segundo turno, parou pouco tempo... mas deixamos para pensar depois do Novorizontino.

Júnior Urso

– Eu acompanho o Júnior Urso desde o início. Pisa a área, um segundo volante que anda, característica que sempre teve no Corinthians com Elias, Paulinho e Maycon. Ele tem outras características, força, nem tanta técnica como o Paulinho. Ele sabe a hora de romper linhas. Em 2016 ele foi muito bem no Atlético-MG, com sete gols, número muito bom para um segundo volante. Ele vai ajudar a equipe na parte ofensiva, que é o que eu busco.

Dérbi

– A vitória de 2017, para o técnico Fábio Carille, não vai ter comparação nunca. Nem o título lá. Muita gente não respeitava, falava besteira demais, aquele jogo mudou tudo, o respeito das pessoas e até minha confiança. Vou voltar a falar, algumas pessoas da imprensa não entendem: no clássico é 50% para cada um, não importa o estádio. O Corinthians em melhor situação já perdeu. Contra Grêmio, Flamengo... time grande, é 50% cada um. É muita teoria, falam demais, mas é isso. Temos de respeitar as duas equipes. Falo de todos os grandes, não só o Corinthians. Pode colocar na cabeça que é 50% para cada um em qualquer momento e qualquer fase da equipe.

– Eu sei que o envolvimento dos jogos grandes, como do Palmeiras é maior, mas respeito todas as demais equipes. O Marcelo Vilar foi meu técnico no Barueri. Ele é um técnico estudioso, ficou muito tempo na base do Palmeiras, no time B, por dois ou três anos. Conheço alguns jogadores de ter enfrentado, outros passamos a conhecer nesses dias. É um time que tem uma forma definida de jogar, conseguiu o acesso da D para a C. Agora temos que envolver todos os atletas e staff para que a gente conquiste o resultado e faça por merecer lá em Londrina.