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Esporte

Derrota aumenta pressão e Jardine tem futuro em xeque no São Paulo

O dirigente disse que a tendência é Jardine ter “bastante tempo para trabalhar”, em se tratando de início de temporada.

Gazeta Esportiva

07 de Fevereiro de 2019 - 16:30

André Jardine está cada vez mais pressionado no cargo de técnico do São Paulo. A derrota por 2 a 0para o Talleres, na Argentina, gerou mais questionamentos, mas não culminará na imediata demissão do treinador, bancado pelo diretor-executivo de futebol Raí.

O dirigente disse que a tendência é Jardine ter “bastante tempo para trabalhar”, em se tratando de início de temporada. Por outro lado, foi incisivo ao mostrar toda sua decepção com o desempenho do Tricolor nestes primeiros jogos de 2019 e cobrou uma evolução urgente.

Também falou em conversar com elenco e comissão técnica no CT da Barra Funda. O treino desta quinta-feira, aliás, será fechado à imprensa, algo que não estava previsto na programação inicial.

“Continuo acreditando no estilo dele, no trabalho, nos resultados. Obviamente está bem abaixo do que a gente esperava até agora, mas acredito no trabalho dele, no trabalho do dia a dia, no poder dele de mobilizar. Eu conversei agora com a comissão técnica acreditando que vai ter resultado”, disse Raí, na zona mista do Estádio Mario Kempes.

Os resultados, de fato, não são bons neste início de trabalho. Efetivado em novembro do ano passado, o gaúcho de 39 anos tem um aproveitamento de apenas 35% dos pontos disputados. Em 13 jogos à frente do São Paulo – contando a Copa Flórida -, contabiliza quatro vitórias, dois empates e sete derrotas.

Internamente, Jardine divide opiniões: ao mesmo tempo em que recebe críticas, tem o momentâneo respaldo de Raí e do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, dois de seus principais entusiastas. Em contrapartida, há quem peça um nome de maior experiência no cargo de técnico.

O certo é que uma eventual eliminação na próxima quarta-feira, sobretudo se o time não mostrar evolução, pode aumentar a pressão de torcida e dirigentes por uma troca no comando, deixando a situação de André Jardine insustentável no clube.

Para piorar, a sequência de jogos não é nada simples. Antes de encarar a volta contra o Talleres, a provável equipe reserva visita a Ponte Preta, neste sábado, em Campinas, pelo Campeonato Paulista. Depois da decisão pela Libertadores, o compromisso será o clássico diante do Corinthians, em Itaquera.

Em entrevista coletiva, ao ser indagado se o duelo da próxima quarta seria um divisor de águas em seu futuro no Tricolor, Jardine desconversou: “É um jogo decisivo para o São Paulo e para as pretensões que todos têm. A Libertadores é uma grande prioridade do clube, do grupo, da direção, meu, da torcida. É o dia de a gente se mobilizar e entregar tudo o que pode neste momento”.

Questionado se estava se sentindo pressionado, André Jardine falou que a principal cobrança parte de si próprio. “Time grande é pressão sempre. Não existe um dia sequer que a gente não se pressione para fazer o melhor, em busca dos resultados. A gente convive com pressão, principalmente a interna nossa, que a gente entende ser capaz de entregar ao clube”, afirmou.

Para sobreviver na Libertadores e amenizar a pressão sobre Jardine, o São Paulo precisa vencer o jogo de volta por três gols de diferença. Caso devolva o 2 a 0, a vaga será definida nos pênaltis. Mas se sofrer um gol, terá de marcar quatro vezes para avançar na competição.