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Política

CPI do Transporte escolar terá Cledinaldo na presidência e vereadora Vilma como relatora

Nenhum dos seis vereadores que integram a base mais alinhada com a administração mostrou interesse em participar da CPI.

Flávio Paes/Região News

03 de Março de 2019 - 20:02

Logo após o Carnaval, na sessão ordinária programada para a próxima quinta-feira (7) será instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar os gastos da Prefeitura de Sidrolândia com as linhas terceirizadas do transporte escolar, exploradas por 17 empresas.

A CPI será presidida pelo vereador Cledinaldo Cotócio, que propôs sua instalação; a vereadora Vilma Felini será a relatora; o vereador Geosafá da Silva, atuará como secretário, enquanto os vereadores, Celso Pereira e Valdecir Carnevalli, completam a composição da Comissão.

Nenhum dos seis vereadores que hoje integram a base mais alinhada com a administração municipal mostrou interesse em participar da CPI. Todos os membros são do chamado “G-9” que controla a Mesa Diretora do Legislativo que oscila entre um posicionamento de independência e de oposição aberta ao prefeito, caso do vereador Waldemar Acosta.

O vereador Kennedi Forgiarini, um dos integrantes da base, assinou o requerimento de proposição da CPI, mas não parece muito convencido de que o Cledinaldo tenha levantado indícios suficientes de irregularidades nos pagamentos suficientes para desencadear uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A Amandino Oliveira Terra, conforme o portal da transparência da Prefeitura, faturou ano passado, R$ 861 mil com as linhas que explora.  A empresa pertence ao padrasto do vice-prefeito.

A interpretação da maioria dos vereadores governistas é que os questionamentos levantados por Cledinaldo, direcionados inicialmente contra a empresa de familiares do vice-prefeito Wellison Muchiutti, o Amarelo, refletem divergências pessoais. “Essa é uma briga antiga, que começou quando o então deputado estadual Alcides Bernal, ao assumir o Diretório Regional do PP tirou da mãe do vice-prefeito, dona Edna, o controle do diretório municipal do PP que tinha alinhamento quase total com o então prefeito Daltro Fiuza”.

“Em 2012, com o apoio desse novo grupo, Cledinaldo se elegeu vereador, enquanto Amarelo, disputou pelo PMDB e acabou tendo os votos anulados, porque sua candidatura foi impugnada”, relata um vereador que prefere manter-se fora de tiroteio.

O transporte escolar, depois dos gastos com a folha de pagamento, é a maior despesa da Prefeitura com educação. Para transportar 2.534 alunos que moram na zona rural, 700 deles vem estudar na cidade, em 2018, o orçamento projetou uma despesa de R$ 8,401 milhões, 16% do orçamento total da Educação (R$ 52,4 milhões).

Neste ano, foi previsto um orçamento de R$ 8,989 milhões para o transporte, 14% da verba reservada ao setor educacional. Parte deste recurso (R$ 1,650 milhão) é custeado pelo Estado, já que o município também transporta os alunos de escolas estaduais. O município tem uma frota de 30 ônibus que fazem 26 linhas.