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Policial

Fingindo simpatia, homem é preso ao estender a mão para adolescentes na rua e depois agarrar e beijar à força

Suspeito foi preso nesta quinta-feira (18) e disse que cometia crimes em cidade de MS porque

G1 MS

18 de Abril de 2019 - 16:56

Um homem de 35 anos foi preso nesta quinta-feira (18) após uma série de assédios contra adolescentes em Brasilândia, a 374 km de Campo Grande. Segundo a polícia, ele estendia a mão para cumprimentar as vítimas nas ruas e, quando elas davam as mãos, eram puxadas, agarradas e recebiam beijos à força. Até o momento, foram registrados formalmente 3 casos na delegacia da cidade, porém, a suspeita é que o número ultrapasse a 10.

"Ele estava sempre em locais públicos e fingia simpatia ao cumprimentar as pessoas, sendo que depois as beijava à força. O homem chegou a agarrar uma das vítimas pelos cabelos e só cessou a agressão ao ser surpreendido por uma testemunha", afirmou ao G1 o delegado Thiago Passos, responsável pelas investigações.

Além da Brasilândia, a polícia também acredita que ele tenha feito abordagens semelhantes em Bataguassú, na região leste do estado, além de Presidente Epitácio (SP). "São locais que o suspeito frequentava e, caso existam vítimas, peço que elas procurem a Polícia Civil para registrar o fato. Nos casos que investigamos, todos falam da mesma pessoa: um homem branco, alto e forte que fazia estas abordagens", comentou Passos.

O suspeito então teve a prisão preventiva decretada e os investigadores o localizaram durante a madrugada. "Ele prestou depoimento hoje e nós percebemos alguns traços de algum possível distúrbio mental, por isso será verificado essa questão. Além disto, quando questionado sobre os fatos, o suspeito disse que tinha visões e ouvia vozes. Ele também comentou sobre um caso que não sabíamos e agora também será investigado", ressaltou o delegado.

Conforme o delegado, o suspeito não tinha antecedentes criminais responderá por importunação sexual e também por importunação ofensiva ao pudor. A polícia também busca "traçar o perfil do criminoso e identificar o real número de vítimas".

"Soubemos de uma outra abordagem dele, em que chamou uma adolescente de 12 anos para ir na casa dele. A vítima foi abordada dentro de um supermercado. Nós não tínhamos conhecimento deste caso e uma adolescente falou que soube de outras quatro abordagens dele, então, a suspeita é que sejam, no mínimo, cerca de 10 casos", explicou.