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Política

Instalação de quebra-molas, pivô de troca de farpas entre líder do Governo e secretário de Fazenda

Cledinaldo culpou o secretário pela demora na instalação de quebra-molas, isentando o secretário de infraestrutura.

Flávio Paes/Região News

21 de Junho de 2019 - 10:18

Instalação de quebra-molas, pivô de troca de farpas entre líder do Governo e secretário de Fazenda

O vereador Cledinaldo Cotócio, líder do prefeito Marcelo Ascoli na Câmara Municipal e o secretário de Fazenda, Renato da Silva Santos, estão publicamente em rota de colisão. Na sessão ordinária da última terça-feira, Cledinaldo culpou o secretário pela demora na instalação de quebra-molas e travessias elevadas, isentando o secretário de infraestrutura, Nilo Cervo, até recentemente o alvo preferido das suas críticas, em função de problemas na manutenção das estradas.

Os redutores de velocidade são tema de indicações apresentadas desde 2017 no Legislativo e que na sessão da terça-feira voltaram a ser cobrados pelo vereador da oposição, Adilson Brito e Jonas Rodrigues (da base governista), favorável a construção de duas travessias elevadas na Avenida Antero Lemes.

Pela interpretação de Cledinaldo, o secretário estaria retardando o processo licitatório (já que o chefe do setor de licitação, Robson de Lima Araújo é subordinado a ele) para a compra de material ou contratação da empresa que faria os redutores de velocidade.

Em entrevista ao Região News, Cotócio alertou o prefeito para se atentar ao comportamento do secretário que estaria fazendo “corpo mole”, não fazendo jus ao salário que recebe.

O secretário não gostou nada das investidas e críticas do vereador e reagiu duramente pelas redes sociais. Na postagem, além de lembrar que “secretário de Fazenda não faz quebra-molas”, contra-ataca, revelando que Cledinaldo (que propôs e é presidente de uma CPI formada para investigar supostas irregularidades no transporte escolar), estaria o pressionando para liberar os pagamentos em atraso de uma empresa prestadora de serviço.

“Ao nobre eu digo que não tem que ficar interpelando para que façamos pagamento às empresas, para isto existe uma programação. Todo contrato estabelece as formas de pagamento. Eu não tenho que ficar dando informação sobre pagamento de empresa. Nem meus subordinados. Nem combina com o objeto que está sendo investigado”, disparou.

De pronto, o secretário recebeu a solidariedade de sua colega de repartição, a contadora Vanilda Borges, da chefe do Departamento de Planejamento e da mãe do vice-prefeito, esposa de um dos empresários do setor. Conforme o portal da transparência, de um total de R$ 3.889.256,07 de empenhos liquidados, a Prefeitura só pagou R$ 2.709.809, 98, tendo pendente quase R$ 1 milhão a ser pago.