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Policial

Câmeras mostram início da briga que terminou com morte em cinema

Bioquímico foi morto com tiro disparado por policial

Correio do Estado

09 de Julho de 2019 - 15:55

Imagens das câmeras de segurança da sala de cinema do Shopping Avenida Center mostram o momento do desentendimento que terminou em morte, entre o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, 37 anos, e do bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43 anos. Crime aconteceu na tarde de ontem (8), em Dourados.

No vídeo, é possível ver uma movimentação nas poltronas da fileira sete, onde estavam suspeito e vítima. Em determinado momento, Júliuo César se levante, se senta e, pouco depois, levanta novamente, aparentemente segurando o policial pela camiseta.

Nas imagens também aparecem algumas pessoas de cadeiras próximas se levantando, momento em que vítima sai do local, acompanhado de uma outra pessoa. Pouco depois, várias outras pessoas se levantam e começam a sair do local, possivelmente no momento em que houve o tiro. Júlio César foi atingido por um tiro no peito, que transfixou no pescoço, e morreu no local.

Em nota divulgada hoje, o shopping afirma que lamenta profundamente o ocorrido nas suas dependências, que se solidariza com o pesar das famílias envolvidas e que se colocou a disposição das autoridades para colaborar com a investigação.

O CASO

Segundo boletim de ocorrência, policial estava no cinema com dois filhos, de 10 e 14 anos, e o filho menor estava sentado ao lado de Júlio César, que estava acompanhado da esposa e filha. O cinema estava lotado de pessoas, a maioria crianças, para assistir o filme “Homem Aranha – Longe de Casa”.

Briga teria começado quando o bioquímico, ao abrir e fechar braços e pernas, teria atingido o menino de 10 anos. Por conta da situação, policial trocou de lugar com o filho e teria pedido para que o bioquímico parasse com a atitude.

Vítima teria xingado o cabo e, após algumas pessoas que estavam na sala se manifestarem, se levantou para ir embora e, ao passar pela criança de 10 anos, teria dado um tapa contra seu rosto. Policial também se levantou e passou por Júlio César, dizendo que chamaria a polícia. Na escadaria da sala, ele teria sido agarrado pelo bioquímico, que o puxou pela camisa.

Só então o cabo se identificou como policial e sacou a arma, uma pistola calibre .40, que portava na cintura. Ele afirma que a vítima investiu novamente contra ele, tentando desarmá-lo, momento em que ele caiu e efetuou o disparo. Policial acionou o Corpo de Bombeiros, mas Júlio César não resistiu ao ferimento e morreu no local.

O policial foi preso por uma equipe da Polícia Militar e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde ficará detido até passar por audiência de custódia.

Testemunhas ainda serão ouvidas nos próximos dias, assim como a mulher e esposa da vítima, que presenciaram o crime. Investigação está a cargo da 2ª Delegacia de Polícia Civil.