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Policial

Jovem que confessou ter matado estudante em sala de aula ostenta fotos com arma na web

Odenir Gomes Mendes foi ouvido mais uma vez polícia, ele disse que matou o estudante porque foi ameaçado por ele, e teria se antecipado para não morrer.

G1

09 de Agosto de 2019 - 15:11

Odenir Gomes Mendes, de 19 anos, que confessou ter matado com um tiro na cabeça, o estudante Carlos Daniel Maldonado Pires, também de 19 anos, dentro de uma sala de aula em Corumbá, região do Pantanal, ostenta fotos com arma nas redes sociais.

São pelo menos três fotos em que Odenir, também conhecido como "Neguinho" aparece ostentando um revólver, que provavelmente foi usado para matar Carlos Daniel, de acordo com as investigações. Em uma das imagens, ele se intitula de "Neguinho vida Lok".

O jovem foi preso nesta quinta-feira (8), na região portuária de Corumbá. "A princípio ele disse que matou com a ajuda de uma outra pessoa, mas depois mudou de versão e falou que assassinou o estudante sozinho mesmo, e que a arma estaria escondida em um matagal nas proximidades da escola. Até agora está arma não foi localizada, mas cápsulas foram encontradas na casa dele", disse a tenente da PM, Joicy dos Santos Gonçalves.

Nesta sexta-feira (9), Odenir foi ouvido mais uma vez polícia, ele disse que matou o estudante porque foi ameaçado por ele, e teria se antecipado para não morrer.

O caso

O estudante foi executado na noite desta segunda-feira (7) na Escola Municipal Luiz de Albuquerque de Melo e Cáceres, no distrito de Albuquerque, distante 70 quilômetros da área urbana de Corumbá. Carlos Daniel Maldonado Pires estava na sala de aula quando foi atingido na cabeça.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, testemunhas disseram ter ouvido o barulho do tiro e em seguida a vítima caída ensanguentada. O socorro foi chamado, mas quando chegou, o estudante já estava morto.

O tiro teria sido disparado pelo lado de fora da sala de aula. Carlos Daniel fazia Educação de Jovens e Adultos. A Secretaria Municipal de Educação informou que lamenta o fato e que dá apoio aos familiares.

O caso foi registrado como homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e até a publicação desta reportagem nenhum suspeito havia sido preso.

Conforme a polícia, Carlos Daniel tinha ficha criminal. Quando adolescente teve passagens por ameaça, furto e posse ilegal de arma de fogo. Já quando maior de idade, por receptação.