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Sidrolândia

Chuva traz alivio para produtores após estiagem que exigiu replantio de parte das lavouras

Conforme o último levantamento da Aprosoja, mais de 80% da safra 2019/2020 de soja já foi plantada

Flávio Paes/Região News

14 de Novembro de 2019 - 13:40

A chuva que tem caído em Sidrolândia desde terça-feira, trouxe alívio aos produtores de soja, afastando o risco de perdas com a estiagem, mas muitos deles, contam com a obtenção de altos níveis de produtividade para compensar o custo extra com o replantio de muitas lavouras atingidas pela combinação de seca e alta temperatura. É o caso do pequeno produtor Eliel Vaz, que vai gastar em torno de R$ 15 mil para replantar os 30 hectares (dos 150 que plantou) comprometidos pela questão climática.

“Literalmente a soja cozinhou, ao brotar, com o calor da temperatura do solo. Plantei na primeira quinzena de outubro, logo após uma chuva, mas não foi suficiente para reduzir a temperatura do solo onde há predomínio de areia. Na parte da lavoura de terra argilosa, não houve problema", conta o arrendatário que entra na sua quarta safra em sistema de parceria com os assentados.

Conforme o último levantamento da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), mais de 80% da safra 2019/2020 de soja já foi plantada, mas haverá muito replantio por causa do regime irregular da chuva. Só nesta semana tem chovido de forma uniforme em todo o município. “Eu tive sorte, comecei a plantar dia 9 de outubro, quando o solo da minha área de lavoura (300 hectares) estava úmido porque havia chovido dias antes. Já meu pai, terá que replantar parte dos seus 1.100 hectares", informa Clayton Straub.

Produtor na região do Capão Bonito, ele acredita que 40% dos seus vizinhos terão este custo extra (R$ 500,00 por hectare) com semente, defensivo agrícola e óleo diesel das máquinas. Houve casos de perdas em lavouras onde caiu granizo num temporal registrado mês passado.

O assentado Luiz Varela, do Vacaria, que tomou uma medida preventiva. Ano passado plantou sua lavoura de 15 hectares na primeira semana de outubro. Desta vez, decidiu espera um ciclo maior de chuva para não correr o risco da despesa extra com o replantio. "Como agora choveu bastante, vou plantar com mais segurança", afirma. "Preferi não arriscar, já que além de ter uma produtividade menor em relação aos grandes produtores (aplica 200 quilos de adubo por hectare, enquanto eles usam 300 kg), não teria condições de arcar com a despesa extra do replantio".