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Policial

Quadrilha que orquestrou roubo gastou R$ 1 milhão para executar plano

Valor se refere a pagando de pessoas que cavaram o túnel, aluguel de imóveis e outras contas

Correio do Estado

24 de Dezembro de 2019 - 08:03

A quadrilha presa em flagrante tentando invadir o cofre da Central do Banco do Brasil, localizado no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, gastou cerca de R$ 1 milhão para executar o plano de cavar um túnel até o cofre do local. A informação é da Polícia Civil.

Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (23) a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) apresentou os detalhes sobre como era a operação do grupo, que era investigado pela polícia há seis meses.

De acordo com o delegado do Garras João Paulo Sartori, a quadrilha teria gasto em torno de R$ 1 milhão para estruturar toda a ação. O valor se refere a pagamento das pessoas que cavaram o túnel, aluguel de imóveis que a quadrilha tinha pela cidade, contas de água e luz que teriam sido criadas por meio de documentos falsos, alimentação, entre outras coisas. A polícia estima que cerca de 25 pessoas estejam envolvidas na tentativa de roubo.

Conforme o delegado, a ação da polícia pode ter evitado o que seria o maior roubo a banco do Brasil, já que a estimativa é de que aproximadamente R$ 300 milhões pudessem ser levados caso o roubo fosse concretizado.

Ao todo sete pessoas foram presas durante a ação e outros dois ficaram feridos em troca de tiros com a polícia na madrugada de domingo (22). Alguns membros do grupo estão foragidos.

O imóvel alugado pelo grupo, localizado na rua Minas Gerais, em uma rua lateral à agência bancária, é um galpão cercado por empresas, o que ajudou a não chamar a atenção das pessoas que trabalham ou moram na região.

“Eles alugaram o local com uso de documento falso e, a princípio, o proprietário não tinha conhecimento da ação criminosa. Depois, eles fizeram uma porta para tampar a vista da edícula e, em seguida, começaram a cavar túnel”, contou Sartori.

Para cavar o túnel, que já tinha cerca de 70 metros de extensão e seis de profundidade, os criminosos usaram ferramentas manuais para fazer o mínimo de barulho. Um macaco hidráulico foi utilizado para que o piso da sala onde o dinheiro estaria guardado fosse rompido sem que chamasse a atenção. Toda a terra que foi retirada das escavações estavam armazenadas em sacos no galpão da casa.

Um dos mentores da ação, Renato Nascimento, 42 anos, foi morto durante a ação da polícia. O outro bandido que morreu foi José Willian Nunes Pereira da Silva, de 48 anos.

Elaine Goulart de Cursio, 36 anos; Gilson Aires da Costa, 43 anos; Francisco Marcelo Ribeiro, 41 anos; Laurinaldo Belizário de Santana, 51 anos; Wellington Luiz dos Santos Júnior, 28 anos; Robson Alves do Nascimento, 50 anos; e Bruno Oliveira de Souza, de 30 anos, foram presos. O último está internado na Santa Casa por ter sido baleado na mão durante confronto.