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Agronegócio

Moagem da cana-de-açúcar diminui, mas produção do etanol aumenta

Safra 2019/2020 somou 44,2 milhões de toneladas processadas em MS

Correio do Estado

17 de Janeiro de 2020 - 08:09

Moagem da cana-de-açúcar diminui, mas produção do etanol aumenta

A moagem da cana-de-açúcar  na safra 2019/2020 somou 44,2 milhões de toneladas até 31 de dezembro de 2019 em Mato Grosso do Sul. A quantidade processada é 4% menor comparado ao mesmo período da safra anterior. A informação foi divulgada pela Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).

Em 2019, colheita da cana se manteve adiantada e a desaceleração da moagem no mês de dezembro é reflexo do comportamento atípico do clima no Estado. “Tivemos um ano extremamente seco e duas ocorrências de geadas, que somadas à falta de chuva permitiu as unidades avançarem na moagem com maior velocidade, sem interrupção, chegando em dezembro com pouca cana a ser colhida”, explicou o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho.

A variação no ritmo de colheita deve influenciar na estimativa inicial para o ciclo, que se encerra em 31de março de 2020. “Já prevemos uma moagem reduzida no período tradicional de entressafra (dezembro a março) para outros Estados produtores, que ainda pode variar por ser um período considerado chuvoso em Mato Grosso do Sul”, ressalta Hollanda Filho.

Conforme a Biosul a estimativa para a safra 2019/2020 ainda será analisada, mas há previsão de uma redução de 2 milhões de toneladas por conta das geadas.

Produtos da cana

No mix de produção, 88% da matéria-prima processada até 31 de dezembro de 2019 foi destinada para etanol, enquanto 12% para a produção de açúcar. A produção de etanol somou 3,1 bilhões de litros, de abril a dezembro, a produção de etanol aumentou 1,8% em relação ao mesmo período da safra passada. Do montante, 2,5 bilhões de litros são de etanol hidratado (+7%) e 637 milhões de litros são de etanol anidro (-15%).

Ainda conforme o levantamento da Biosul, a produção do açúcar permanece abaixo do ciclo passado, foram produzidos 724 milhões de toneladas do alimento, uma diferença de 21%.

Já o excedente de bioeletricidade cogerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul somou 2.262 GWh (Gigawatt-hora). A quantidade é 2,7% maior que o excedente cogerado nas usinas no mesmo período do ano anterior, quando foi de 2.202 GWh. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) compilados pela Biosul.