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Brasil

Brasil tem 9 casos suspeitos de coronavírus em 6 estados

Desde 18 de janeiro, país descartou 4 casos. País recebeu 33 notificações do 2019-nCoV, e já excluiu 20.

G1

29 de Janeiro de 2020 - 16:35

Brasil tem 9 casos suspeitos de coronavírus em 6 estados

O Brasil tem nove casos suspeitos de coronavírus em seis estados. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (29) em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, em Brasília. Os dados são referentes ao período de 18 a 29 de janeiro.

Coronavírus no Brasil: 

  • 9 casos suspeitos
  • 33 notificações
  • 0 caso provável e 0 confirmado
  • 4 descartados – chegaram a ser uma suspeita, mas a investigação descartou o vírus
  • 20 excluídos - não apresentaram os requisitos para serem enquadrados como suspeita

Os casos suspeitos foram registrados em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Ceará. Todos os pacientes estão passando por testes genômicos para uma possível confirmação do vírus 2019-nCoV. Por enquanto, os exames serão centralizados na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

"Nenhum de nós tem possibilidade de dizer com que velocidade esse possível surto irá se desenvolver no país. No momento atual, faremos uma campanha de recomendações do mesmo modo que fazemos no caso do influenza", disse João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

Reis também informou que não há previsão de interferência no carnaval devido ao vírus. Por enquanto, não haverá bloqueio de passageiros da China nos aeroportos - cerca 250 pessoas desembarcam por dia. Há recomendação do governo chinês para que os moradores não saiam de lá.

Taxa de mortalidade

O diretor-executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que 2% dos casos do novo coronavírus confirmados até agora resultaram em morte.

Segundo a OMS, o órgão vai realizar uma nova reunião do seu comitê na quinta-feira (30) para analisar se será declarado situação de emergência global para o novo coronavírus.

"O mundo inteiro precisa estar alerta, precisa agir e estar pronto para qualquer caso que apareça", disse Michael Ryan.

O diretor elogiou os esforços da China para conter o surto e disse que ainda há oportunidade de parar o vírus. "Temos que basear nossas ações em evidências imperfeitas para criar uma estratégia de bloqueio da doença com um impacto mínimo na sociedade e economia", disse o diretor.

Maior contaminação, menor letalidade

Apesar das medidas de prevenção e isolamento decretadas pelo governo chinês, os casos confirmados de coronavírus no país já superam os da epidemia da Sars, ocorrida há quase 20 anos.

Nesta quarta-feira, as autoridades de saúde anunciaram que o coronavírus causou a morte de 132 pessoas, com 6.065 casos confirmados no mundo. A China registra 98% das infecções.

A cifra já supera o número de infecções da epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) de 2002 e 2003, outro coronavírus que contaminou 5.327 pessoas no país. A Sars deixou 774 mortos no mundo, 349 deles na China continental.

Apesar do alto índice de transmissão, o novo coronavírus apresentou até o momento menor mortalidade que o Sars. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de 2003 matou 10% dos infectados enquanto que as mortes do novo coronavírus são 2% dos afetados.