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Sidrolândia

Vereadores cobram do presidente da Câmara devolução de R$ 200 mil para ajudar hospital

Nesta terça-feira, a Câmara recebeu o duodécimo de março, mais de R$ 648 mil em recursos públicos, somando no primeiro trimestre deste ano, quase R$ 2 milhões de repasses.

Flávio Paes/Região News

24 de Março de 2020 - 14:01

Vereadores cobram do presidente da Câmara devolução de R$ 200 mil para ajudar hospital

Os vereadores de Sidrolândia iniciaram uma mobilização para cobrar do presidente do Legislativo, Carlos Henrique Olindo, que devolva de imediato ao Executivo R$ 200 mil do duodécimo da Câmara para ajudar o Hospital Emiria Silvério Barbosa que precisa de recursos porque receberá um aumento de demanda por atendimento em função da pandemia do coronavirus.

Nesta terça-feira, a Câmara recebeu o duodécimo de março, mais de R$ 648 mil em recursos públicos, somando no primeiro trimestre deste ano, quase R$ 2 milhões de repasses. Descontados os gastos com folha e custeio, acredita-se que haja uma folga de caixa de pelo menos R$ 700 mil. Ao menos são essas as projeções do grupo de vereadores que encabeçam a frente parlamentar de apoio a Saúde.

“Como praticamente todos os setores da sociedade, inclusive a Câmara, está de quarentena, o Legislativo poderia devolver R$ 200 mil de imediato e quem sabe, mais R$ 200 mil mais adiante, para uma causa que é de todos", destaca o líder do Governo na Câmara, Jean Nazareth.

O vereador Waldemar Acosta (PDT), também apoia a ideia de a Câmara dar uma contribuição para melhorar a estrutura de saúde pública que será pressionada na medida que a contaminação do coronavirus avance. "A sociedade cobra dos seus representantes no Legislativo não só palavras de preocupação com o problema, mas sobretudo, ações concretas ", destaca.

O presidente da Sociedade Beneficente, Dona Elmiria Silvério Barbosa, Luiz Carlos, revelou a reportagem do RN que de forma espontânea, apenas dois vereadores fizeram doações ao hospital. Ele cita, como exemplo, que a vice-presidente do Legislativo, Vilma Felini e o vereador Waldemar Acosta, foram solidários a causa e fizeram doações em dinheiro a instituição.

“A classe política precisa entender que não se faz politicagem com a Saúde. Quando a pessoa chega no Pronto Socorro, não enxergamos sua etnia, classe social, muitos menos, sua ideologia político-partidário. Nossa única preocupação é com a saúde deste paciente”, revela.

Na avaliação do presidente da instituição, é vexatório que a direção do hospital recorra aos meios de comunicação para chamar atenção da Câmara, desabafou Pitó. O prefeito Marcelo Ascoli (PSL), esteve na manhã desta terça-feira na unidade hospitalar e anunciou que anuiu o hospital para obter empréstimos financeiros na ordem de R$ 400 mil por meio de um financiamento do MAC.

Outra medida adotada foi de criar uma central de compras unificada para rede municipal de Saúde e Hospital, para que não haja falta de produtos básicos e nem desperdício, como medicamentos e insumos hospitalares, além de intervir junto a Secretaria Estadual de Saúde, uma sobra de crédito direto na ordem de R$ 625 mil, que na prática, o município teria de devolver ao Estado. O valor deverá ser creditado para a Sociedade Beneficente, Dona Elmiria Silvério Barbosa.