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Policial

Adolescente se passou por presidiário e encomendou assassinato de professor

As investigações sobre a morte de Amarildo Rossi constataram que os dois jovens apreendidos pelo crime foram contratados

Campo Grande News

09 de Abril de 2020 - 16:40

Adolescente se passou por presidiário e encomendou assassinato de professor

Policiais civis de Aparecida do Taboado – a 481 quilômetros de Campo Grande – descobriram a participação de uma terceira pessoa no assassinato do professor aposentado Amarildo Rossi. Segundo as investigações, o crime foi encomendado por um adolescente de 15 anos através do Facebook. Para isso, ele fingiu ser presidiário e prometeu pagar R$ 3 mil aos autores.

Amarildo foi assassinado com pelo menos 15 golpes de faca na noite de domingo, dia 5 de abril, mas seu corpo só foi encontrado em uma estrada na área rural da cidade no dia seguinte. Horas depois, a polícia apreendeu dois adolescentes, ambos de 14 anos, pelo crime. Na data, eles confessaram a autoria e contaram com riqueza de detalhes como tudo aconteceu.

Em depoimento, afirmaram ter saído com Amarildo para usar drogas. Foram no carro dele até o local do crime e durante um discussão o esfaquearam até a morte.  Os dois acabaram apreendidos em flagrante e até uma reprodução do assassinato foi feita pela polícia.

Ainda assim, as investigações continuaram e levaram a polícia até um terceiro envolvido no homicídio. Os policiais encontraram mensagens trocadas entre os adolescentes e um homem pelo Facebook. Na conversa, o suspeito contratava os jovens para assassinar Amarildo e outro morador da cidade. Pelos crimes, ofereceu R$ 3 mil como pagamento.

Os adolescentes foram novamente ouvidos nesta quarta-feira (8) e relataram que o contratante era um presidiário, com várias passagens pela polícia. Contaram ainda que um primo do suspeito seria o “mediador” entre eles e o mandante.

Para identificar o mandante, a polícia ouviu o suposto primo dele, um adolescente de 15 anos. Na delegacia, o jovem admitiu ser o verdadeiro responsável por contratar os assassinos. Explicou que criou um perfil falso no Facebook, se passou por um preso e ofereceu dinheiro para os colegas matarem duas pessoas. A primeira era o professor aposentado.

Ele afirmou ainda que planejou o crime porque foi ameaçado por Amarildo. Detalhes sobre o que teria levado a discussão não foram divulgados, mas estariam relacionados a conversas entre os dois nas redes socais. Assim como os comparsas, o rapaz teve a apreensão decretada pelo poder judiciário.