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Sidrolândia

Ações judiciais cobram R$ 336 mil em cheques sem fundo emitidos pelo Sindicato dos Servidores

Com as restrições as aglomerações, impostas pelo coranavírus, a Justiça adiou para o mês de maio as audiências de conciliação que estavam agendadas.

Flávio Paes/Região News

15 de Abril de 2020 - 13:04

Ações judiciais cobram R$ 336 mil em cheques sem fundo emitidos pelo Sindicato dos Servidores

Com as restrições as aglomerações, impostas pelo coranavírus, a Justiça adiou para o mês de maio as audiências de conciliação que estavam agendadas, na tramitação 6 processos de credores que recorreram ao Judiciário para tentar receber R$ 336.728,25 em cheques sem fundo emitidos pelo Sindicato dos Serviços Municipais de Prefeitura.

Estão cobrando o Sindicato três empresas – a Florai Móveis e Confecções, o Depósito Eldorado e a Rodrigo da Silva Capriole, razão social de uma empresa estabelecida na Rua João Ferreira Terra, nas quais os servidores fizeram compras com vales emitidos pela entidade e tiveram os valores das prestações descontados nos salários e os comerciantes levaram calote.

O que chama atenção nestas ações, são três credores, todos membros de uma mesma família, somando um débito R$ 121.726,79. O operador de produção de uma empresa do ramo alimentício, A.C.A, com uma renda mensal de R$ 1.248,16, cobra o recebimento de um cheque sem fundo do Sindicato, emitido em julho de 2018, no valor de R$ 40 mil (que com a correção chega a R$ 51.595,42).

A outra credora é a mulher dele, dona C.C, funcionária da têxtil, que ganha um salário de R$ 1.047,60, que também cobra o recebimento de um cheque no mesmo valor (R$ 40 mil, mais de R$ 51,5 mil em valores atualizados), também emitido pela entidade sindical em 2018.

Quem também entrou na Justiça é a filha do casal, G.C.S, que em janeiro de 2019, recebeu um cheque sem fundo no valor de R$ 15 mil, que com atualização, corresponde a R$ 17.815,95. A reportagem apurou que as três pessoas da mesma família teriam emprestado dinheiro ao Sindicato.

Idemar Aquino, presidente do Sindicato, teria convencido um dos familiares a conceder o primeiro empréstimo a instituição para cobrir um suposto, “furo de caixa”, com juros acima da poupança, já que desfrutava do convívio cristão numa denominação evangélica que frequentava e tinha o conhecimento que possuía o dinheiro, fruto de uma herança.