Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 20 de Abril de 2024

Policial

Dois suspeitos de aplicar golpes em 25 mil vítimas saem da prisão em MS

Desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges determinou várias medidas cautelares a Celso Eder e Anderson, presos na Operação Ouro de Ofir.

G1 MS

19 de Fevereiro de 2018 - 15:44

A desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), concedeu parte da medida liminar ao substituir a prisão preventiva por medidas cautelares aos suspeitos Celso Eder de Araújo e Anderson de Araújo de aplicarem golpes milionários.

A defesa de Celso e Anderson confirmou que os dois colocaram a tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (19). O advogado disse que só vai se manifestar ao final do processo por causa do sigilo decretado pela desembargadora na mesma decisão.

A decisão favorável aos dois investigados pela Operação Ouro de Ofir, deflagrada em novembro de 2017, também decreta sigilo do processo. Celso e Anderson terão de comparecer todos os meses ao juiz, informar sobre as atividades profissionais, estão proibidos de saírem da cidade e ainda terão de usar tornozeleira eletrônica.

Tânia assinou a substituição de pena no último sábado (17) com a determinação de que fosse cumprida imediatamente.

Golpe milionário

A Polícia Federal acredita que o golpe articulado por Celson, Anderson e Sidinei dos Anjos Peró – esse último aproveitou o sobrenome que é igual ao do delegado Fábio Peró -, para enganar pelo menos 25 mil pessoas no país acontecia há cerca de 10 anos.

Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, um dos golpes aplicados era prometer a investidores um retorno milionário com a repatriação de corretagem da venda de ouro de uma fictícia mina de ouro na Bahia.

O outro golpe prometia quantias também milionárias com a liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional (LTN), mas também mediante pagamento prévio.

O grupo tinha quatro divisões: os líderes, chamados de paymasters; os escriturários, que ficavam encarregados de recrutar os corretores, e estes, que procuravam as vítimas, em redes sociais, grupos de WhatsApp e até em igrejas.