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Sidrolandia

Meirelles não vê necessidade de medidas adicionais para reduzir gastos com previdência

Meirelles minimizou adiamento da votação da reforma da Previdência. "Uma ou duas semanas que vai fazer muita diferença", disse.

G1

22 de Abril de 2017 - 07:27

O governo brasileiro não vê necessidade de medidas adicionais para reduzir os gastos com a previdência social, apesar das recentes mudanças em uma proposta de reforma de aposentadoria no Congresso Nacional, disse nesta sexta-feira (21) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O governo do presidente Michel Temer aceitou suavizar alguns itens da proposta de reforma previdenciária para obter aval do Congresso, levantando receios entre economistas de que mais medidas de austeridade sejam necessárias nos próximos anos.

"Não estamos num ponto da reforma da previdência e das propostas onde nós achamos que serão necessárias medidas adicionais compensatórias", disse o ministro durante encontro em Washington.

"Estamos dentro dos níveis das nossas previsões e do que consideramos aceitáveis", disse a jornalistas, à margem das reuniões da primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

O governo inicialmente esperava que a reforma reduziria os gastos da previdência social em R$ 750 bilhões a R$ 800 bilhões nos próximos 10 anos, disse Meirelles no início deste mês.

Na quinta-feira, ele estimou que a economia será 24% menor devido às mudanças. Economistas disseram que cerca de 40% da proposta original foi diluída.

Ministro minimiza adiamento da voltação

Meirelles também minimizou o atraso em uma semana na votação da reforma. Na quarta-feira, o governo cedeu à pressão dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados e aceitou adiar em uma semana a votação do relatório na comissão especial.

"O que eu tenho dito aqui é que não é uma ou duas semanas que vai fazer muita diferença em relação a uma reforma da previdência que é uma reforma estrutural, de longo prazo", disse. "Houve uma série de modificações, são modificações complexas e importantes em alguns casos, e é necessário dar tempo para que tudo isso seja bem entendido, não acho que isso seja um aumento de risco de não se aprovar a reforma", acrescentou.