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Agronegócio

Coamo Sidrolândia tem 4% da fatia das sobras da Coamo que somaram R$ 705,8 milhões

O valor equivale a 4% dos R$ 705,8 milhões em sobras distribuídas aos 30.700 cooperados.

Marcos Tomé/Região News

17 de Fevereiro de 2023 - 14:01

Coamo Sidrolândia tem 4% da fatia das sobras da Coamo que somaram R$ 705,8 milhões

A unidade de Sidrolândia da Coamo Agroindustrial Cooperativa promoveu nesta sexta-feira a distribuição de R$ 28,23 milhões em sobras para 280 produtores associados de Sidrolândia e municípios circunvizinhos. O valor equivale a 4% dos R$ 705,8 milhões em sobras distribuídas aos 30.700 cooperados.

Este grupo abrangido pela unidade Sidrolândia, que representa 0,91% deste quadro, ano passado entregou para comercialização 1,820 milhão de sacas de soja e 1,9 milhão de sacas de milho.

Cada saca de soja vendida, rendeu uma sobra de R$ 4,00 e a de milho, R$ 1,80. Só com os dois grãos, o conjunto dos produtores receberam R$ 10,7 milhões. O valor recebido por cada um foi calculado sobre o volume de produção individual entregue.

“As sobras, na prática, é como se fossem os dividendos pagos por uma empresa de capital aberto a seus acionistas. É parte do saldo geral das receitas econômicas obtidas pela cooperativa durante o exercício, transformadas numa precificação do produto entregue ou negociado pelo produtor junto a cooperativa”, explica Adenilson Zaffari, gerente da Coamo Sidrolândia.

Resultado

A Coamo registrou em 2022 receita global de R$ 28,1 bilhões. O valor representa um crescimento de 14,1% em relação a 2021. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,258 bilhões, um incremento de 23,1% em relação ao ano anterior. Deste valor, após a dedução estatutária, estão sendo distribuídos R$ 705,7 milhões aos mais de 30,7 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

O Foram devolvidos R$ 4,00 para cada saca de soja entrega na Coamo, R$ 1,80 para o milho, R$ 1,80 para o trigo, R$ 1,00 para a aveia, R$ 3,33 para o café em coco, R$ 10,00 para o café beneficiado e 4,10% para os insumos adquiridos na cooperativa durante o exercício de 2022.

O crescimento das receitas da Coamo foi proporcionado pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, dos volumes de vendas da linha alimentícia e do fornecimento de bens de produção. O ano de 2022 foi muito bom para a Coamo em termos de faturamento. Mas, será lembrado, também, pelos problemas climáticos na safra de verão e de trigo.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, a comercialização da soja foi lenta, o que surpreendeu para uma safra com quebra de 47%. “Isso demonstra que a situação econômica dos cooperados era confortável, mesmo na adversidade”, diz.

Ele acrescenta que um dos desafios foi a logística, pois os armazéns permanecem ocupados diante de uma nova safra, cuja comercialização continua lenta no início de 2023, com baixos volumes de produtos negociados de forma antecipada. A comercialização do milho seguiu o mesmo ritmo da soja com bastante lentidão, muito em função dos baixos volumes comercializados de forma antecipada.