Brasil
Bolsonaro passa por exames em SP e tem cirurgia confirmada para a manhã desta segunda
Presidente passou por avaliação clínica e exames tiveram resultados 'normais'.
G1
27 de Janeiro de 2019 - 18:09
O presidente Jair Bolsonaro passou por uma avaliação clínica e foi submetido a exames laboratoriais e de imagem no Hospital Albert Einstein, em São Paulo na tarde deste domingo (27). Ele teve a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal confirmada para a manhã desta segunda-feira (28), em horário ainda a ser definido.
Segundo boletim médico divulgado na tarde deste domingo (27), Bolsonaro "foi submetido à avaliação clínica pré-operatória, exames laboratoriais e de imagem, com resultados normais. A cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal está confirmada para amanhã [segunda-feira] (28/01)". O boletim é assinado pelos médicos Antônio Luiz Macedo (cirurgião), Leandro Echenique (clínico e cardiologista) e Miguel Cendoroglo (diretor superintendente do Einstein).
Em entrevista coletiva, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse que Bolsonaro "está muito tranquilo, esperando o jogo do Palmeiras". O Palmeiras, time de Bolsonraro, joga contra o São Caetano às 19h deste domingo pelo Campeonato Paulista.
"O presidente está muito animado, feliz pelos resultados dos exames. O êxito da cirurgia fará com que ele possa desencadear suas atividades como presidente da República da melhor forma possível", disse Rêgo Barros.
Ainda segundo o porta-voz, os médicos sinalizaram um período de dez dias de recuperação da cirurgia.
Chegada a SP
O avião presidencial decolou de Brasília por volta de 8h30 e pousou no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo, às 10h. Bolsonaro viajou acompanhado de uma delegação, que incluía assessores e ajudantes de ordens, e da esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela deverá ficar com o presidente nos dias em que ele permanecer internado em São Paulo.
Também faziam parte da comitiva o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, e um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).
Bolsonaro seguiu de carro do aeroporto até o hospital, trajeto que durou cerca de 20 minutos. O veículo que o levava foi acompanhado por um comboio de batedores do Exército, da Polícia Militar e carros do Corpo de Bombeiros.
Ele deu entrada no hospital às 10h33, depois de passar por uma garagem separada da entrada principal e sem falar com a imprensa, que o aguardava.
Às 15h36, Bolsonaro publicou um vídeo em seu perfil no Twitter gravado no quarto do hospital com o presidente usando a roupa de paciente. "Bem, hoje, domingo, voamos de manhã para SP, estou aqui em SP no Albert Einstein, onde amanhã a partir das 7h eu devo ser submetido a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia. Deve durar por volta de 3 horas, mas se Deus quiser correrá tudo muito bem. Muito obrigado a todos vocês, mais uma vez. E obrigado também pelas orações. O Brasil é nosso", disse Bolsonaro no vídeo.
Bolsonaro tem junto ao corpo uma bolsa de colostomia implantada em setembro do ano passado, quando foi operado após receber uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Esta será a terceira cirurgia à qual Bolsonaro será submetido desde o atentado.
A cirurgia é necessária para reconstruir o trânsito intestinal. Neste domingo, o presidente deverá se reunir com médicos, passar por exames de imagem e sangue pré-operatórios, ficar em repouso e iniciar jejum. A cirurgia está prevista para 6h desta segunda-feira e será comandada pelo gastroenterologista Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo.
Neste tipo de cirurgia, que costuma durar de três a quatro horas, os médicos retiram a bolsa de colostomia e religam as partes do intestino grosso que estavam separadas pela bolsa. O prazo de recuperação estimado é de dez dias.
Nos primeiros dias após a cirurgia, o presidente deverá ter uma dieta com água, suco e gelatina, conforme mostrou a GloboNews. Neste período ele vai precisar tomar antibióticos e anticoagulantes.
O porta-voz do governo, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou que o gabinete da Presidência da República será transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto o presidente estiver se recuperando.