Morador de Sidrolândia é um dos 200 que serão denunciados por atos antidemocráticos

O morador de Sidrolândia, Ilson Cesar de Almeida, ajudante de pedreiro é um dos 200 envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília, que começam a ser julgados nesta terça-feira (25) pelo Supremo Tribunal Federal. O julgamento das denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República será em plenário virtual. A votação vai até a próxima terça-feira (2/5).

Outro morador de Mato Grosso do Sul que está neste grupo é o empresário de Maracaju Ivair Tiago de Almeida, 47 anos. Ivan Tiago de Almeida, conhecido como Russo, é proprietário de uma empresa de assistência técnica e locação de colheitadeira de grãos em Maracaju. Ele chegou a divulgar fotografia do dia da invasão. Na imagem, está posicionado perto das cúpulas do Congresso e mostra outros invasores pelo gramado da Esplanada dos Ministérios.

O advogado de defesa de Ilson Cesar Almeida de Oliveira vai se manifestar pela inocência. "Pois ele não praticou nenhum delito descrito na denúncia", diz o advogado Daniel Alves. Caso a maioria dos ministros (6 dos 11) vote a favor de tornar os denunciados réus, serão abertas ações penais contra os acusados. O próximo passo é a coleta de provas e a realização de depoimentos de testemunhas de defesa e condenação.

Os denunciados podem responder aos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. Ainda devem ser julgadas pelo STF 1.090 pessoas após essas duas primeiras levas.

Os 100 primeiros acusados pelos atos golpistas de janeiro foram julgados na última semana e tornados réus pelos ministros.

Os 100 primeiros acusados pelos atos golpistas de janeiro foram julgados na última semana e tornados réus pelos ministros. No total, 1.390 pessoas foram denunciadas pela PGR, em investigações divididas em cinco inquéritos. Além dos já citados, estão tramitando os processos: 4920, que versa sobre os financiadores; 4923, que investiga as autoridades envolvidas no caso; e 4917, 4918 e 4919, para investigar os deputados Clarissa Tércio (PP), André Fernandes (PL) e Silvia Waiãpi (PL), respectivamente, por incitar os atos.

Entre os 100 que já se tornaram réus são de Mato Grosso do Sul esta Diego Eduardo de Assis Medina, 55 anos; Djalma Salvino dos Reis, 45 anos; Eric Prates Kobayashi, 40 anos; Fábio Jatchuk Bulmann, 41 anos; e Fabrício de Moura Gomes, 45 anos.