Brasil
Número de acidentes em rodovias federais cai, mas letalidade aumenta
Agência Brasil
01 de Fevereiro de 2021 - 15:34
O número de acidentes de trânsito registrados em rodovias federais ao longo de 2020 foi menor que o de 2019, mas o de mortes em consequência dessas ocorrências manteve-se estável. A constatação é da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e consta do balanço anual divulgado hoje (1º) pela entidade.
Segundo o Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, no ano passado, foram registrados 63.447 acidentes em estradas federais, número 5,9% inferior às 67.427 ocorrências registradas em 2019 e que mantém a tendência de queda iniciada em 2014 (169.194).
De acordo com a CNT, o grau de letalidade desses acidentes foi maior, já que o total de mortes ficou praticamente inalterado, baixando de 5.332 óbitos em 2019 para 5.287 em 2020. A redução foi de apenas 0,8%, com média de 14 pessoas mortas por dia nas rodovias federais. Só entre 2007 e 2020, 99.365 brasileiros perderam a vida em acidentes nas estradas federais.
A rodovia que teve o maior número de acidentes no ano passado foi a BR-101, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Só nesta estrada foram registrados 8.715 acidentes de trânsito. Já a BR-116, que liga o Ceará ao Rio Grande do Sul, foi a mais letal dentre as rodovias federais, com 690 mortes decorrentes de acidentes de trânsito. A BR-116 foi a segunda em número de acidentes (7.397).
A CNT estima que, somadas, as ocorrências envolvem prejuízo de R$ 10,22 bilhões, sendo R$ 5,84 bilhões relativos às ocorrências com vítimas que sobreviveram; R$ 4 bilhões aos sinistros com mortes e pouco mais de R$ 365 milhões com aqueles sem vítimas.
O tipo de acidente mais comum nas vias federais é a colisão, que responde por 59,4% do total de ocorrências. Em seguida, vêm saídas da pista (15,7%); capotamento e tombamentos (12,2%); atropelamentos (7%) e quedas de ocupante (5,3%). As colisões também respondem por 61,8% das situações com óbitos, enquanto os atropelamentos provocam 17,4% dos casos, seguidos pelas saídas de pista (12,8%).