CAMPO GRANDE
Motoentregador morre em colisão com carro de passeio
Veículo utilizado por Kauê Felipe Bezerra desapareceu após o acidente; polícia investiga a dinâmica.
Campo Grande News
09 de Março de 2024 - 08:34
Motoentregador de 28 anos identificado como Kauê Felipe Bezerra morreu durante o fim da noite desta sexta-feira (8) ao colidir com um Honda Fit no cruzamento da Avenida Monte Castelo com a Rua Antônio Maria Teixeira, situado no bairro homônimo, em Campo Grande.
O condutor do veículo de passeio, empresário de 38 anos, foi quem prestou os primeiros socorros. Ele foi submetido a teste do bafômetro, que atestou negativo para a presença de álcool no organismo. À reportagem, afirmou que o motociclista estava em alta velocidade, no sentido oposto. O acidente teria acontecido durante uma conversão à esquerda, no entanto, a dinâmica é investigada pela Polícia Civil.
"Estava vindo na [Avenida] Monte Castelo, fiz a curva e aconteceu o acidente. Foi muito rápido. Aí ele entrou no ponto cego da coluna e eu já tinha entrado na avenida. Pode ver que não tem marca de freio [no asfalto]. Quando bateu na porta do passageiro, o capacete dele se soltou e foi parar no terreno ao lado", disse.
Ainda segundo o condutor, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demorou 26 minutos até chegar ao local. Ele acionou a namorada e dois amigos que se apresentaram à imprensa como advogados. A vítima foi reanimada por uma hora, mas não resistiu aos ferimentos. "Prestei todo o socorro e fiquei aqui até agora. Demorou para o Samu chegar, liguei até para o [Corpo de] Bombeiros".
Além do serviço, a Ursa (Unidade de Resgate e Serviço Avançado), PM (Polícia Militar) e Perícia Científica estiveram no local. Moradores próximos e familiares tentaram intervir na realização da perícia. A motocicleta utilizada por Kauê desapareceu após o acidente.
A esposa de Kauê, Joice Maira, disse ao Campo Grande News que o companheiro trabalhava como motoentregador há pouco tempo. Ela contestou a versão apresentada pelo motorista, mas aguarda o resultado da perícia.
"Era um cara de família, que estava trabalhando pelos filhos, de 4 e 8 anos. Ele chegou a desbloquear o telefone e falar comigo antes de morrer. Agora espero pela investigação. [...] Se trouxe advogado, é porque deve", finalizou.